Veja como lidar com o etarismo e superar os desafios nos negócios

Veja como lidar com o etarismo e superar os desafios nos negócios
Na maturidade, empreender é mais complexo devido ao etarismo e às pressões sociais, principalmente relacionadas a mulheres (Imagem: Ground Picture | Shutterstock)

Renata Barcelli, pioneira no segmento e atual CEO da principal marca de pigmentos para micropigmentação no Brasil e na América Latina, experimentou uma transformação profunda em sua vida aos 40 anos, quando fundou a própria empresa de pigmentos. Antes disso, mesmo sem plena consciência de suas habilidades empreendedoras, Barcelli já desempenhava um papel ativo em salões de beleza, trabalhando como manicure e até mesmo vendendo sanduíches para complementar sua renda.

Com o passar dos anos, ela também compartilhou seu conhecimento, ministrando cursos para profissionais interessados em micropigmentação. Contudo, o ápice do sucesso só se concretizou quando ela atingiu os 40 anos. Apesar do reconhecimento profissional e êxito nos negócios, a empreendedora revela que precisou ultrapassar diversas barreiras para empreender nesta faixa etária.

“Empreender não é fácil em nenhuma circunstância, mas, na maturidade, é ainda mais desafiador, pois precisamos lidar com o etarismo. Esse preconceito que é muito presente em nossa sociedade e afeta, sobretudo, nós mulheres, coloca em nós uma pressão em provar a nossa capacidade para os negócios e que não estamos ultrapassadas. Esse é um fator que, muitas vezes, faz com que as mulheres desistam de começar, por acreditarem que o seu tempo já passou”, conta.

A empreendedora lista os três maiores desafios ao empreender após os 40 e como superá-los. Confira!

1. Aprender algo novo

Se arriscar em uma nova ocupação, é difícil, sobretudo quando você já está em uma fase mais madura, na qual é preciso ter e proporcionar aos seus uma estabilidade financeira. Sair da zona de conforto para aprender algo do zero não é fácil. Para superar esse obstáculo, a empreendedora aconselha a dar um passo de cada vez.

“Se você tem o sonho de passar por uma transição de carreira ou deseja mudar de área de atuação, vá aos poucos. Comece a estudar online, procure cursos, ferramentas gratuitas de aprendizado e cursos de capacitação na área desejada. Este período vai proporcionar o conhecimento e a segurança necessária para uma mudança mais definitiva”, explica.

2. Adquirir confiança

De acordo com Renata, fidelizar a clientela foi uma árdua tarefa. “Eu comecei fazendo unhas e lavando os cabelos das clientes no salão de beleza. Depois de muitos anos, me formei e comecei a trabalhar com micropigmentação; essa mudança causou uma certa estranheza no público, o que é natural”, compartilha.

“Mas a confiança vem com o tempo e também precisa começar por si mesmo. Confiar que você é capaz de seguir este novo caminho que escolheu, que você tem o conhecimento e que você pode muitas coisas, independentemente da idade, é crucial”, afirma.

Empresária conversando com grupo de pessoas
Para lidar com o etarismo, é importante ter em mente que idade não define a capacidade (Imagem: fizkes | ShutterStock)

3. Enfrentar o etarismo

O preconceito pela idade é comum na vida social e no mercado de trabalho. “A sociedade ainda tem essa ideia de que uma pessoa de 40 anos é ultrapassada e que não tem capacidade para trabalhar no mercado atual, que é extremamente ágil e tecnológico. Isso se agrava muito em relação às mulheres, pois [muitos] acreditam que, nessa idade, nós somos apenas mães e avós e queremos nos aposentar”, pontua. O segredo para lidar com essa adversidade, segundo a empreendedora, é usar a maturidade a seu favor.

“O mais importante é termos em mente que a idade não define a nossa capacidade. Ela pode influenciar, sim, nossa carreira, mas de maneira positiva, pois as experiências que vivemos são subsídios para lidarmos com os problemas de forma mais assertiva, resiliente e até mais tranquila. A maturidade não é um fardo, é um processo natural das nossas vidas e uma poderosa ferramenta que temos para enfrentar os desafios de empreender ou de qualquer coisa que optarmos por fazer, pois somos plenamente capazes”, finaliza.

Por Carine Pessoas

Redação EdiCase

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