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Alimentação no berçário: veja como é feita a introdução alimentar na primeira infância

Bebê em cadeira branca sendo alimentado com uma colher

Paciência e cuidado são importantes durante a alimentação do bebê (Imagem: Shutterstock)

Quando lidamos com os pequenos, viramos responsáveis pela alimentação deles, que deve ter atenção especial no dia a dia do berçário. Quando um bebê de quatro meses começa a frequentar um espaço educativo, há uma mudança significativa em sua vida. É nesse ponto que novos alimentos são introduzidos na dieta. 

Mesmo que, por um tempo, o bebê apenas se alimente do leite materno, ele o fará por mamadeira, copo ou às colheradas, numa temperatura diferente daquela quando saído do seio.  

Assim, os primeiros momentos de alimentação devem ser permeados por delicadeza e sensibilidade, pois as reações de cada criança variam muito. Há aquelas que aceitam as primeiras mamadas com muita tranquilidade e outras que precisam de vários dias até ingerir 10 ml de leite. 

Contato com os primeiros alimentos  

No berçário, novos sabores são apresentados, assim como alimentos em diferentes consistências (líquidos, pastosos, em grãos, em pequenos pedaços). O paladar infantil está em construção, por isso, um alimento inicialmente rejeitado deve ser oferecido outras vezes para que, enfim, entre na “categoria do que a criança não gosta”. E mesmo esse “não gostar”, que é uma forma de comunicação, deve ser visto como temporário. 

Às vezes, uma criança não quer a comida em uma temperatura tão quente, ou prefere que na primeira colherada seja servido apenas arroz… Com carinho e uma dose de insistência a recusa pode ser vencida e a criança começa a comer melhor. 

Sabemos que a ansiedade para que a criança restritiva coma um prato cheio é grande, mas devemos ser otimistas, aceitando que, para quem mal come duas colheradas, três estão de bom tamanho a princípio. 

A alimentação deve receber uma atenção especial no berçário (Imagem: Shutterstock)

A hora de comer deve ser um momento prazeroso  

Comer em um berçário não é somente sentar-se à mesa com outras crianças. Deve ser um momento prazeroso, com todos sentindo o aroma gostoso de comida sendo preparada. Deve haver muitas conversas e risadas, em que o prazer por experimentar os alimentos fica em evidência. 

Cuidado com alergias e restrições alimentares  

Há que se levar em conta a dieta de cada criança. Seja por opção dos pais ou por alergias, é necessário que todos os envolvidos saibam o que ela pode comer. Quando uma criança tem alergia alimentar, a atenção precisa ser enorme, pois há riscos para a saúde. É necessário que os pais registrem as restrições e que elas estejam visíveis a todos os responsáveis pela criança. No caso de falhas, os pais são logo avisados. 

Num trabalho contínuo, podemos contribuir para que as crianças estabeleçam uma relação saudável com a alimentação, aceitando ao menos provar o que lhes parece menos apetitoso. 

Ana Paula Yazbek 

Formada em pedagogia pela Universidade de São Paulo, especialista em educação de crianças de zero a três anos, pelo Instituto Singularidades, mestre em educação pela Faculdade de Educação/USP. É diretora pedagógica e sócia do Espaço Ekoa, escola que atende crianças entre quatro meses e sete anos.

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