A dieta detox tem se tornado cada vez mais popular como uma forma de ajudar a eliminar toxinas do organismo e melhorar o bem-estar. “Os objetivos da dieta são a identificação, a eliminação e a redução de toxinas (antinutrientes), a modulação do paladar e a recuperação da atividade funcional do organismo, corrigindo funções digestivas e a permeabilidade alterada do intestino”, explica a nutricionista funcional Helouse Odebrecht.
Esta dieta age eliminando alimentos e produtos agressivos ou tóxicos do organismo. Nesse caso, Helouse Odebrecht afirma que as melhores opções alimentares para seguir esse método são aquelas naturais, baseadas no princípio da boa nutrição e que contêm frutas, verduras e alimentos ricos em fibras, vitaminas e minerais. Além disso, é fundamental conhecer os alimentos que devem ser evitados para garantir melhores resultados. Veja abaixo!
1. Alimentos processados
Alimentos processados, como salgadinhos, biscoitos recheados e comidas congeladas, são ricos em sódio, conservantes e aditivos. Esses componentes dificultam a eliminação de toxinas, além de sobrecarregar o fígado e rins, órgãos essenciais no processo de desintoxicação.
“Existem várias definições para ultraprocessados, mas eles são alimentos industrializados, ricos em açúcares adicionados (como xarope de milho com alto teor de frutose) ou grãos refinados (por exemplo, farinha branca ou arroz branco), ou ingredientes químicos que realçam o sabor a fim de torná-los hiperpalatáveis. Esses alimentos geralmente contêm muitos ingredientes que você não reconheceria como alimentos, como conservantes e outros produtos químicos”, diz a endocrinologista Dra. Deborah Beranger.
2. Açúcares e doces
Doces, bolos, refrigerantes e até alguns cereais matinais contêm grandes quantidades de açúcares adicionados, que aumentam os níveis de glicose no sangue e causam picos de energia seguidos por cansaço. Por isso, é recomendável substituir esses alimentos por opções naturalmente doces, como frutas frescas e secas, para manter o equilíbrio durante o detox.
“Muitas pessoas podem desenvolver o diabetes por conta dos hábitos alimentares, consumindo muito açúcar e carboidrato, como refrigerante, sucos de caixinha, pão, bolo etc. É importante diminuir a presença desses alimentos na rotina e aumentar a frequência de legumes e verduras nas refeições”, explica o médico Dr. Silas Soares, especialista em saúde integrativa e funcional.
3. Carnes vermelhas
As carnes vermelhas são conhecidas por sua digestão lenta. Além disso, esse tipo de carne possui gorduras saturadas que não contribuem para o processo de desintoxicação e podem aumentar o colesterol. Opte por proteínas mais leves, como peixes e ovos, para facilitar a digestão e apoiar a limpeza do organismo.
“A ingestão adequada de proteínas é vital para sustentar a saúde óssea e garantir sua estruturação adequada, juntamente a outros nutrientes essenciais”, acrescenta a Dra. Iana Mizumukai de Araújo, nutricionista da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO).
4. Produtos lácteos
Laticínios, como leite, queijo e iogurte, são alimentos que causam muitas vezes inchaço e desconforto digestivo, especialmente para pessoas com sensibilidade à lactose. Durante o detox, opte por alternativas vegetais, como leites de amêndoa ou de coco.
“Quando um indivíduo é, de fato, intolerante à lactose, ou seja, incapaz de digerir o açúcar natural do leite e de seus derivados, consumir alimentos fabricados especialmente para ele potencializa a sua saúde e evita os principais sintomas característicos dessa síndrome, como distensão abdominal, cólicas, diarreia, flatulência e náuseas”, explica a nutricionista Liz Galvão.
5. Cafeína
Embora o café seja uma bebida apreciada por muitos, a cafeína pode ser um fator complicador em uma dieta detox. Ela atua como um estimulante que aumenta os níveis de cortisol, hormônio do estresse, podendo interferir na qualidade do sono e no processo de recuperação do organismo. Para quem quer seguir uma dieta detox, a melhor alternativa é apostar em chás de ervas, como chá verde ou de camomila, que têm efeito calmante e auxiliam na desintoxicação.
“Um dos processos que pode aumentar a velocidade de envelhecimento é a oxidação das moléculas do organismo. A bebida [chá verde] atua justamente nesse aspecto, protegendo contra os radicais livres”, explica Alex Botsaris, clínico-geral e especialista em doenças infecciosas e membro do Programa Estadual de Plantas Medicinais da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ).
6. Glúten
Alimentos que contêm glúten, como pães e massas, podem ser difíceis de digerir e, para algumas pessoas, causar inchaço e desconforto abdominal, principalmente para quem tem intolerância ao glúten. Durante a dieta, escolha opções como quinoa, arroz integral ou batata-doce como fontes de carboidratos saudáveis.
A quinoa, por exemplo, é muito indicada para praticantes de atividades físicas, pois é rica em proteínas, o que auxilia no fortalecimento muscular. Conforme explica a nutricionista Adriana Cerchiari de Andrade, ela também auxilia na prevenção e tratamento de dislipidemias, obesidade, doenças cardiovasculares e hipertensão arterial.
7. Bebidas alcoólicas
O consumo de álcool sobrecarrega o fígado e dificulta o processo de eliminação de toxinas. Além disso, pode causar desidratação e afetar o funcionamento do metabolismo. Para manter o corpo hidratado e facilitar a desintoxicação, prefira consumir água, chás naturais ou sucos feitos em casa.
“O fígado trabalha diariamente quebrando as gorduras da sua alimentação e eliminando as toxinas. Quando você bebe álcool, acaba adicionando mais uma tarefa na função do órgão. Dessa forma, seu fígado não consegue processar a gordura de maneira tão rápida e eficientemente, pois estará, também, trabalhando para expelir o álcool. Como consequência, ocorre a desaceleração do metabolismo, levando, inclusive, ao acúmulo de gordura”, explica a nutróloga Dra. Marcella Garcez.
Consulte um profissional de saúde
É fundamental consultar um profissional de saúde, como um médico ou nutricionista, antes de fazer qualquer mudança na alimentação ou iniciar uma dieta. A orientação desses especialistas é essencial, pois excluir alimentos de forma inadequada pode resultar em deficiências nutricionais e comprometer a saúde a longo prazo. Cada pessoa tem necessidades específicas, e apenas um profissional capacitado pode avaliar corretamente o que é mais adequado para garantir uma alimentação equilibrada e segura.