No jejum intermitente, alterna-se intervalos sem comer nada, em que se pode consumir apenas água e outras bebidas não calóricas (como chás e café), com períodos de alimentação. Ele contribui para a perda de peso, quando bem orientado e acompanhado por médico e/ou nutricionista.
“Muitos estudos foram feitos comparando o jejum intermitente e o emagrecimento. E, sim, o jejum pode favorecer o emagrecimento, pois, além de causar uma restrição ou déficit nas calorias diárias, contribuirá para diminuir a resistência insulínica”, esclarece o Dr. Victor Lamônica, otorrinolaringologista e pós-graduado em Medicina Integrativa, Ortomolecular e Medicina Esporte.
Riscos desse tipo de jejum
Quando não realizado da maneira correta e sem a orientação de um médico e/ou nutricionista, o jejum intermitente pode colocar em risco a saúde. “Os riscos aumentam muito quando o jejum intermitente é feito sem acompanhamento, pois as pessoas ficam longos intervalos sem comer e, nos períodos que se alimentam, o fazem de forma inadequada”, alerta a Dra. Marcella Garcez, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia.
Segundo ela, sem os devidos cuidados, o jejum pode causar desnutrição, bem como desidratação, hipoglicemia, fraqueza muscular e dificuldades de concentração. Além disso, pode “aumentar a tendência a transtornos alimentares como compulsão alimentar periódica, bulimia e anorexia”.
O Dr. Victor Lamônica acrescenta que, em casos de pacientes que já tenham alguma carência nutricional instalada ou outro problema de saúde, os perigos do jejum se tornam maiores. Em pacientes com algum distúrbio nos hormônios insulina ou cortisol, por exemplo, há riscos de evoluir para hipoglicemia, gerando náuseas, confusão mental, sudorese, hipotensão e desmaios.
Quem não deve realizar o jejum intermitente
O jejum intermitente não deve ser realizado por todas as pessoas, devido aos riscos à saúde. De acordo com o Dr. Victor Lamônica, não é recomendado para:
- Crianças;
- Idosos;
- Gestantes e mulheres que estão amamentando;
- Pacientes com diabetes tipo I e dependente da insulina;
- Pacientes com infecções ou sistema imunológico deficiente;
- Pacientes anêmicos;
- Pacientes em uso de medicação controlada.
Desafios ao fazer esse tipo de dieta
Apesar dos benefícios para a saúde e para a perda de peso, esse tipo de dieta também apresenta pontos não tão favoráveis. “O principal ponto negativo é a dificuldade na manutenção dos resultados. Outro são as pessoas que não conseguem aderir os protocolos, por causa de preferências pessoais relacionadas aos períodos de refeições, à prática de atividade física, ao convívio social e familiar. Enfim, não são todas as pessoas que conseguem seguir aos protocolos de jejum intermitente”, elenca a nutróloga. Por isso, antes de iniciar qualquer tipo de dieta é aconselhado procurar orientações de um profissional da área da saúde.