Segundo informações do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), até 2030, o número mundial de crianças menores de 5 anos afetadas pela pneumonia pode chegar a 6,3 milhões. A pneumonia é uma doença respiratória provocada por microrganismos como bactéria, vírus ou fungo, que fazem com que os pequenos sacos de ar (alvéolos) do pulmão se infeccionem.
Segundo o pneumologista do Hospital Universitário Ciências Médicas de Minas Gerais (HUCM-MG), Dr. Marco Antônio Reis, além das crianças, há outros grupos de risco suscetíveis à doença. Um deles é composto por pessoas que têm alguma doença nas vias aéreas, como bronquite, enfisema pulmonar, asma, etc. Outro grupo de alto risco é formado por pessoas com diabetes, insuficiência renal, baixa imunidade ou que estão em tratamento quimioterápico.
Quais são os sintomas da pneumonia?
O pneumologista Marco Antônio explica que “a pneumonia bacteriana manifesta, principalmente, febre, calafrios, tosse com ou sem secreção, além da dor torácica, que faz a pessoa sentir uma pontada ao respirar. É o que a gente chama de dor ventilatório-dependente”.
Segundo ele, outros sintomas como a fadiga, cansaço físico e falta de apetite também podem ocorrer, porém com menos frequência. Ainda conforme ele, os sintomas e os casos de pneumonia aumentam no outono e no inverno, principalmente pela variação maior de temperatura e baixa umidade relativa do ar.
Prevenção e tratamento
O médico salienta que existem formas de prevenção contra o tipo mais comum de bactéria da pneumonia, o pneumococo. “A vacina pneumocócica 23-valente, que está disponível no SUS e faz parte do Calendário Nacional de Vacinação, e a pneumocócica conjugada 13-valente, acessível para pacientes considerados de alto risco, são as melhores formas de proteção contra a pneumonia”.
O pneumologista Marco Antônio destaca que, para o tratamento, é feita uma antibioticoterapia, que visa eliminar a bactéria do organismo. Ainda, para ele, o paciente diagnosticado com pneumonia também deve se manter em um ambiente arejado, com boa umidificação, hidratação e repouso.
O médico alerta que complicações da pneumonia podem desencadear outras situações. “Uma pessoa com insuficiência no coração, por exemplo, pode ter um comprometimento maior dessa parte cardíaca, causado pela pneumonia. É uma doença que por si só pode complicar para um quadro de septicemia, que demanda uma internação e um cuidado bem maior”, explica. Por isso é importante consultar um médico ao perceber qualquer sintoma.
Por Fernanda Nazare Assis