O vazamento de dados e ataques de hackers tem aumentado nos últimos anos e causado prejuízos significativos para usuários e empresas. Seja no campo financeiro ou pessoal, a credibilidade de muitas plataformas digitais tem sido colocada à prova devido à ineficiência em assegurar dados confidenciais de seus consumidores.
Segundo um estudo realizado pela Proofpoint, empresa de segurança, em 14 países, 78% das companhias entrevistadas sofreram com os seus dados roubados e 25% tiveram prejuízos financeiros. A pesquisa ainda aponta que 60% das empresas identificaram uma tentativa de sequestro de informações em 2022, onde 46% deles foram bem-sucedidos para os criminosos virtuais.
Brasil é destaque no vazamento de dados
De acordo com um estudo da IBM (International Business Machines Corporation), seis em cada dez brasileiros já tiveram algum tipo de problema com isso e, segundo dados da Axus, empresa de cibersegurança, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking no que se refere ao vazamento de dados, com 2,8 bilhões de informações expostas na internet em 2021.
O que diz a Lei Geral de Proteção de Dados?
Sancionada em agosto de 2018, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), n.º 13.709/2018, foi criada para minimizar tais situações, uma vez que ela estabelece obrigações às companhias para proteger os dados pessoais e garantir privacidade às pessoas físicas, a quem ela chama titulares de dados.
No entanto, mesmo com a medida, os usuários seguem sendo vítimas de golpistas. Diante disso, os especialistas da DPOnet (plataforma de Gestão de Privacidade, Segurança e Governança de Dados Pessoais) listam 8 dicas para os consumidores protegerem as suas informações na web. Veja!
1. Utilize senhas fortes
Procure colocar senhas longas, que não remetam a nenhuma informação pessoal, como nome completo ou de um parente, ou data de nascimento. Mescle letras, números e símbolos.
2. Evite abrir mensagens de sites desconhecidos
Desconfie de mensagens, links ou sites enviados de fontes desconhecidas. Confira sempre a ortografia e o remetente, pois normalmente esse tipo de mensagem e/ou e-mail tem erros de português. Outro ponto de atenção é com relação ao domínio dos e-mails utilizados de forma gratuita, pois muitas vezes os criminosos criam comunicações como se fossem de empresas, por isso, é importante checar se é o site da companhia mesmo.
3. Utilize a verificação de duas etapas
Ter mais de uma camada de proteção inibe e dificulta o acesso a aplicativos só com uma senha. Normalmente é preciso colocar biometria ou chave PIN.
4. Não salve os dados do cartão
Em caso de roubo de celular ou hackeamento, ter as informações salvas no aparelho é uma porta de entrada para os fraudadores ou ladrões, pois terão acesso facilmente aos dados financeiros.
5. Defina combinações diferentes de senhas
Procure utilizar combinações de senhas diferentes para cada acesso, para evitar que o fraudador online consiga abrir todos os aplicativos e/ou sistemas bancários. Isso com certeza traz uma segurança muito grande.
6. Não utilize rede wi-fi pública
Ao acessar redes públicas, as chances de o sistema todo ficar vulnerável e exposto para ação de criminosos virtuais são muito altas, uma vez que muitas pessoas têm acesso a este login e senha. Portanto, evite o uso dessas redes públicas.
7. Invista em sistemas antifraudes
Utilize aplicativo confiável de antivírus para que ele possa barrar toda e qualquer ação suspeita. Isso é primordial para a segurança online.
8. Tenha cautela ao utilizar computadores e celulares de terceiros
Não acesse dados bancários, redes sociais ou e-mails de computadores do trabalho ou de lan houses, pois eles podem estar desprotegidos e vulneráveis a ataques.
Por Gabriela Calencautcy