Comportamento agitado, agressividade, destruição de objetos, isolamento e problemas alimentares são apenas alguns dos sintomas comuns que indicam a presença de ansiedade em animais de estimação. Esses sinais podem surgir em qualquer momento da vida de um pet e são indicativos que algo está causando desconforto ou estresse ao animal.
Segundo Wagner Brandão, comportamentalista animal, enquanto no passado os tutores acreditavam que seus pets precisavam apenas de alimentação, água e um ambiente limpo, atualmente reconhecem que as necessidades de seus bichinhos vão muito além.
“Os animais precisam de estímulos para evitar sofrimento físico, traumas psicológicos e síndromes comportamentais”, ressalta o especialista, que complementa: “Se prolongada, a ansiedade pode causar outras doenças ao longo do tempo, por isso é tão importante o olhar atento do tutor, e um diagnóstico precoce”.
Reduzindo o estresse nos pets
De acordo com o comportamentalista animal, é possível o estresse dos animais de estimação. Todavia, é importante observar e entender as necessidades individuais do seu pet, pois aquilo que pode acalmar ou estimular um animal pode não ter o mesmo efeito em outro.
“O tutor deve compreender as particularidades do seu pet, adaptar o ambiente, a rotina e as interações para melhor atender às suas necessidades físicas e emocionais. Mas, no geral, as atividades estimulam e podem fazer uma grande diferença no bem-estar emocional do animal e fortalecer o vínculo entre tutor e pet”, acrescenta.
Para te ajudar, Wagner Brandão destaca 7 dicas para ajudar a reduzir o estresse nos animais de estimação. Confira!
1. Promova um ambiente tranquilo e seguro
Para que o pet se sinta confortável em seu próprio lar, é importante que o tutor reserve um espaço tranquilo em sua casa, em que o animal de estimação possa se retirar quando se sentir sobrecarregado. Isso pode ser uma cama confortável, uma área com brinquedos ou uma caixa de transporte coberta com uma manta.
2. Mantenha uma rotina
Animais de estimação muitas vezes prosperam em rotina e previsibilidade. Buscar manter horários regulares para alimentação, passeios e brincadeiras pode ajudar a trazer uma sensação de mais segurança e estabilidade para o pet.
3. Faça brincadeiras de esconde-esconde
Mesmo em espaços pequenos, como apartamentos, é importante proporcionar oportunidades para que o cachorro se exercite. Por exemplo, espalhar petiscos ou brinquedos pela casa encoraja o animal de estimação a procurá-los. Essa atividade não apenas irá estimular a mente do animal, mas também proporcionará uma sensação de realização que pode ajudar a reduzir a ansiedade.
4. Realize passeios
Os passeios também devem fazer parte da rotina dos pets, pelo menos de 10 a 15 minutos por dia. “Além do exercício físico, o passeio é benéfico para socialização e estimulação mental do pet. A interação com humanos e outros animais durante os passeios é capaz de satisfazer suas necessidades sociais e reduzir o estresse relacionado ao isolamento”, explica.
5. Invista em técnicas de obediência básica
Praticar comandos simples, como “senta”, “fica” e “vem”, pode ajudar a fornecer estrutura e segurança ao seu animal de estimação, reduzindo assim os sentimentos de estresse e ansiedade. As técnicas podem ser facilmente aplicadas com a ajuda de um comportamentalista animal.
6. Massageie o pet
O especialista em comportamento animal também ressalta a importância dedicar alguns minutos do dia para massagear gentilmente o animal de estimação. “Isso não só promove o relaxamento muscular, mas também fortalece o vínculo entre tutor e animal”, orienta.
7. Conte com uma ajuda profissional
Por fim, existem situações que pedem um reforço há mais. Por isso, a ajuda profissional em comportamento animal é essencial para que o pet alcance uma qualidade de vida melhor e mais saudável.
Por Alice Veloso