Seguir carreira militar é um desejo que tem aumentado entre os brasileiros, sem distinção de gênero. Reflexo disso é o Concurso Fuzileiro Naval, que, na segunda seleção reservando vagas para mulheres, registrou mais de 5 mil inscritas, conforme a parcial da Marinha do Brasil.
Diversas provas de concursos para a Marinha, Exército e Aeronáutica serão realizadas ao longo de 2024 e, na maioria dessas instituições, é possível ingressar apenas com formação de nível médio, sem necessidade de ter cursado o ensino superior.
As inscrições e as provas para os concursos militares deste ano já estão acontecendo, e a atratividade é evidente. “Há uma expectativa de que, para os próximos anos, o número de candidatas dobre para as Escolas Militares”, afirma Ismael Santos, coordenador pedagógico do Estratégia Militares, curso preparatório voltado para a área militar, criado pelo grupo educacional Estratégia.
Diante desse cenário, o especialista lista 6 dicas para quem já se inscreveu no concurso e está se preparando para realizar as provas em 2024. Confira abaixo!
1. Comece a estudar com antecedência
Devido à alta concorrência, as provas não dão margem para um estudo focado apenas no conteúdo que, normalmente, é avaliado. Dessa maneira, o estudante precisa dispor de um material completo com antecedência.
“A dominação dos temas que estarão nos testes só acontece com o passar do tempo, e cada concurso tem seu nível de dificuldade. Por isso, é sempre bom para o aluno começar a estudar de forma antecipada e centralizada nos temas programáticos de modo direcionado para a banca”, explica Ismael Santos.
2. Tenha disciplina na preparação
Conforme o coordenador pedagógico do Estratégia Militares, os concurseiros devem se preparar de modo eficiente, o que envolve, principalmente, a disposição de horários no período em questão.
“É fundamental estabelecer uma rotina, com metas semanais a serem cumpridas. Para isso, pode ser útil fazer uma divisão da carga diária de estudos de maneira proporcional à dificuldade nas disciplinas, ou seja, quanto mais difícil o conteúdo, mais tempo precisa ser destinado para ele”, destaca.
3. Organize o local de estudo
O especialista também ressalta que a preparação para os concursos abrange locais e hábitos do candidato. “O espaço que a pessoa dedica aos estudos requer organização. Caso contrário, todo o seu esforço não irá render. Do mesmo jeito, aquele momento de empenho deve ser efetivo, fazendo com que algumas ações não sejam recomendadas para alcançar essa finalidade, como o uso de redes sociais que não estejam relacionadas ao estudo”, complementa.
4. Tenha conhecimento dos processos seletivos
Por conta da grande quantidade de concursos militares, há algumas diferenças entre os processos seletivos de cada um, que podem ser determinantes nas escolhas dos concurseiros.
“Se pegarmos o exemplo das Forças Armadas, qualquer candidato entre 13 e 26 anos tem a possibilidade de fazer a avaliação. Já para o concurso para Oficial do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, a idade máxima do candidato é de 32 anos”, pontua Ismael Santos.
5. Concilie estudos e atividades físicas para o Teste de Aptidão Física (TAF)
Um concurso militar é composto pelas seguintes etapas: prova objetiva, Teste de Aptidão Física (TAF), inspeção de saúde, avaliação psicológica, procedimento de heteroidentificação (apenas para os autodeclarados negros ou pardos, que concorrem às vagas reservadas) e avaliação documental.
A presença do TAF no processo seletivo torna necessária uma conciliação dos estudos teóricos com uma rotina focada no corpo, tanto no sentido de exercícios físicos quanto de alimentação. “Alongamentos, treinar com equipamentos adequados, descansar bem e fazer refeições saudáveis são diferenciais gigantescos para essa fase dos concursos”, aponta Ismael Santos.
6. Não se apegue a um modelo de teste
Para o especialista, a recorrência dos editais requer que os candidatos foquem menos na estrutura das provas em si e mais na sua preparação, visto que não há exatamente um modelo a ser seguido.
“A principal indicação sobre os testes é fazer muitas questões sem medo de errar e não se apegar a notas de cortes de anos anteriores, afinal cada ano é um ano. Por essa razão, realizar simulados é uma excelente forma de não se prender à especificidade dos conteúdos que serão avaliados”, conclui Ismael Santos.
Por Caroline Adrieli