O procedimento de injetar substâncias para eliminar a gordura localizada tem se tornado cada vez mais popular nos consultórios médicos. A lipo enzimática é uma técnica que utiliza enzimas para redução da gordura. O procedimento pode ser encontrado com diversos nomes e formulações com combinações de ativos diferentes, desde estimulantes, como a cafeína, a vasodilatadores, como o buflomedil.
No entanto, o desoxicolato de sódio, explica Matheus Manica, cirurgião plástico, é a única substância que possui comprovação científica de eficácia na quebra de gordura. Também conhecido como ácido desoxicólico, o ativo é um sal biliar, ou seja, produzido pelo fígado para atuar no processo de digestão.
“O desoxicolato de sódio age justamente quebrando a gordura e é útil para diminuir a medida de uma região específica. Porém, o procedimento envolve muito cuidado especialmente próximo aos nervos, onde é possível gerar uma lesão”, destaca o cirurgião plástico.
Regiões do corpo para realizar a lipo enzimática
Matheus Manica explica que a lipo enzimática pode ser realizada na região do pescoço, a famosa papada, e no abdômen. “O procedimento é útil para tratamento de gordura localizada no pescoço quando não há tanto volume de gordura. E ele também é um bom tratamento complementar para ajustes pequenos após uma lipoaspiração, por exemplo, quando fica um pouquinho mais de gordura em uma região do que em outra”, diz.
Quais são as vantagens da lipo enzimática?
Entre as vantagens da lipo enzimática, o médico destaca o fato de ser um procedimento minimamente invasivo e não cirúrgico. Além disso, Matheus Manica esclarece que a região da aplicação pode apresentar inchaço, mas é um bom sinal. “Quanto mais inchada ficar, mais inflamada, melhor tende a ser a resposta. Mas, normalmente, é preciso algumas sessões para ver o resultado”, complementa.
Cuidado nunca é demais
A popularidade do procedimento estético gera curiosidade e levanta dúvidas sobre sua eficácia, mas Matheus Manica alerta que as atenções devem ser redobradas para saber qual substância está sendo injetada.
“É importante saber o que está sendo aplicado, porque alguns produtos ou medicamentos podem até ajudar no metabolismo, como a cafeína e a L-carnitina, mas não têm resultados comprovados cientificamente sobre a quebra de gordura”, afirma o médico.
Por Clara Barcellos