Ícone do site Portal EdiCase

6 misturas de produtos de limpeza que podem causar danos à saúde

Produtos de limpeza em cima de um fundo azul com uma mão com luva azul segurando uma escova de lavar roupa

Misturar produtos de limpeza pode causar danos à saúde (Imagem: Pedal to the Stock | Shutterstock)

Na rotina doméstica, a limpeza é uma parte importante que exige atenção, não só por causa da higiene, como também pela utilização de produtos. Isso porque, ao realizar a faxina, muitas pessoas costumam utilizar diversos produtos e combinações, mas a mistura de composições pode resultar em uma reação química perigosa. Alguns produtos contêm substâncias químicas fortes que, combinadas, podem criar gases tóxicos, vapores nocivos ou, até mesmo, explosões.

Pensando nisso, Vanessa Carvalho, especialista em química da marca de produtos de limpeza e autocuidado ecológicos Positiv.a, lista 6 misturas comuns de produtos que podem resultar em riscos graves à saúde. Veja!

1. Alvejante e amoníaco

O alvejante é um produto de limpeza comum que contém cloro, enquanto o amoníaco é encontrado em alguns produtos como limpa-vidros convencionais. “Quando esses dois produtos são misturados, eles podem criar um gás altamente tóxico chamado cloramina, que pode causar irritação nas vias respiratórias, olhos e pele. Além disso, a cloramina pode se acumular no ar e causar problemas principalmente em pessoas com condições respiratórias preexistentes”, diz Vanessa Carvalho.

2. Ácido e cloro

Por serem produtos altamente concentrados, demandam muito cuidado e atenção para manuseá-los, pois, além de causarem danos ao ambiente e a roupas, ao longo do tempo também podem ser muito prejudiciais para a saúde humana. “Essa combinação pode resultar na liberação de gás cloro, que, além de causar problemas respiratórios, também é capaz de gerar danos ao sistema nervoso central. O gás cloro é especialmente perigoso quando inalado em espaços fechados, onde a ventilação é limitada”, enfatiza a especialista.

3. Água sanitária e vinagre

Para algumas pessoas, essas substâncias misturadas podem parecer comuns, mas a especialista explica por que a mistura não é uma boa ideia. “O vinagre possui uma grande quantidade de ácido acético e, quando entra em contato com o hipoclorito de sódio, produz cloro gasoso. O gás cloro é superagressivo para o sistema respiratório. Não é recomendável que se use os dois juntos, tampouco no mesmo local, mesmo que de forma separada”, esclarece.

Combinação entre água sanitária e álcool afeta a respiração humana (Imagem: Ground Picture | Shutterstock)

4. Água sanitária e álcool

Algumas misturas, só pelo nome dos produtos, percebemos que podem ser perigosas, como é o caso dessa combinação. “O álcool, além de ser muito inflamável, apresenta um caráter ácido. Sua junção com o hipoclorito de sódio reduz as principais funções humanas, ocasionando dificuldade de respiração e queda nos batimentos cardíacos. Portanto, é uma mistura altamente prejudicial e não recomendada”, explica a profissional.

5. Detergente e desinfetante

Produtos comuns e de uso diário também podem parecer inofensivos, mas a mistura inadequada pode ser prejudicial. “Detergentes de uso geral normalmente são feitos à base de ativo que possuem carga negativa, já os desinfetantes de uso geral [são feitos] à base de ativo de carga positiva; ao misturar os produtos, terá uma reação química anulando os ativos. A maioria dos desinfetantes contém compostos amoníacos. Ao misturar com detergente, pode ocorrer a formação de gases, causando intoxicação, queimaduras e alergias”, ressalta Vanessa Carvalho.

6. Vinagre e bicarbonato de sódio

Vinagre e bicarbonato são dois produtos muito úteis e naturais, repletos de funções. Mas, quando misturados, podem se tornar inativos. “O vinagre é um composto ácido. O bicarbonato, por outro lado, é um composto básico. Assim, quando misturamos os dois, há uma anulação de suas ações. Além disso, eles também podem causar explosão em caso de recipiente fechado. Mas, separadamente, esses dois produtos são ótimos para limpeza e ideais para quem quer evitar os produtos convencionais”, conclui a especialista.

Por Rosimere Basílio

Sair da versão mobile