Adotar uma alimentação balanceada, praticar esportes, proteger a pele com filtro solar, entre outros hábitos saudáveis, são ótimas formas de cuidar da saúde, além de prevenir o envelhecimento. Porém, dificilmente conseguimos consumir diariamente todas as vitaminas e minerais recomendadas por médicos e nutricionistas. Por isso, existem os nutricosméticos, que atuam no organismo e estimulam a saúde de pele, cabelos e unhas.
“As ‘pílulas da beleza’, como são chamadas popularmente, contêm vitaminas associadas a aminoácidos, oligoelementos, ácidos graxos e proteínas que podem se tornar aliadas no combate ao envelhecimento e aos radicais livres. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária os considera suplementos nutricionais, que devem ser prescritos por um médico”, explica Susi Mendes, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Indicação de nutricosméticos
Existem vários tipos de nutricosméticos: desde os que se propõem a fortalecer cabelos e unhas, reduzir rugas e flacidez da pele, proteger contra o sol, manter ou estimular o bronzeado até aqueles que tentam combater a gordura e reduzir a celulite. “A indicação varia em função dos sintomas apresentados. Mas é importante ressaltar que esses produtos funcionam como coadjuvantes em tratamentos médicos, e não como único recurso”, salienta Susi Mendes.
Investigue a real causa do problema
Apesar dos benefícios oferecidos por esses suplementos, é preciso se atentar realmente ao sintoma, certificando-se de que não há uma patologia por trás dele. “Por exemplo, se uma mulher tem unhas fracas e o médico diagnosticar déficit de algum elemento nutricional, as pílulas são indicadas. Porém, se a causa é outra, como uma disfunção na tireoide, as cápsulas não são eficazes”, complementa Susi Mendes.
Cuidados e contraindicações do uso de suplementos
A dermatologista explica que, em geral, as pílulas são recomendadas aos homens e mulheres a partir dos 30 anos, mas não há muitas contraindicações, desde que não haja excessos e a pessoa se atenha à dose prescrita pelo médico. Por outro lado, Gisele Barbosa, dermatologista especialista em dermatologia estética, ressalta: “Gestantes, mulheres que estão amamentando, pacientes com problemas renais ou em tratamento de quimioterapia não podem usar os nutricosméticos”.
Gisele Barbosa afirma que as pessoas que possuem naturalmente uma quantidade maior de vitaminas ou oligoelementos no organismo também não devem consumir as pílulas, pois suplementar esses componentes pode levar a efeitos adversos.
“Quem tem excesso de vitamina A no organismo, por exemplo, pode ficar em estado de torpor e com a visão desfocada se usar um nutricosmético rico dessa vitamina. Superdosagens de vitamina C podem causar cálculos renais”, exemplifica. O consumo excessivo de um mesmo produto ou de marcas variadas com a mesma composição também pode comprometer o funcionamento do fígado.