O mês de abril se tornou o marco de conscientização para a adenomiose, uma condição que afeta significativamente a vida de muitas mulheres em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada dez mulheres é afetada por essa doença.
Para esclarecer dúvidas comuns e fornecer informações essenciais, o ginecologista Luiz Fernando Pina, especializado em reprodução humana e endometriose e diretor da clínica Baby Center Medicina Reprodutiva, oferece respostas para sete perguntas frequentes sobre a adenomiose. Confira!
1. O que é adenomiose e quais são as causas?
Adenomiose é a presença de endométrio ou glândulas endometriais na musculatura do útero (miométrio). Não se sabe exatamente a causa, mas traumas uterinos, como curetagem, podem favorecer o surgimento da doença.
2. Quais são os sintomas e as consequências que a mulher pode ter no curto e longo prazo?
Os principais sintomas são cólica menstrual forte e sangramento aumentado. No curto prazo, as consequências são dor pélvica crônica e perda da qualidade de vida. No longo prazo, se a adenomiose for muito grande, pode ocasionar infertilidade ou disfunção completa do útero.
3. Há predisposição para a adenomiose?
Sim, estudos mostram que algumas alterações genéticas predispõem à adenomiose, ou seja, existe um fator de hereditariedade.
4. Qual é o tratamento para a adenomiose?
O tratamento é clínico com o bloqueio da menstruação, por meio do uso do DIU medicamentoso.
5. Quando a cirurgia é a melhor opção?
Se a paciente já tiver filhos ou se a adenomiose for muito grande, pode haver indicação cirúrgica, que é a histerectomia, quando há a retirada total do útero.
6. Como prevenir a adenomiose?
A sugestão é evitar traumas uterinos como curetagem e cesariana, além de manter uma boa qualidade de vida com prática de exercícios físicos e alimentação rica em antioxidantes.
7. A adenomiose pode causar outras doenças?
Não. No geral, o problema é unicamente uterino, não sendo fator de risco para outras doenças.
Por Bruna de Paula