Os problemas de locomoção em animais de estimação costumam deixar os tutores preocupados. Inclusive, esse é um problema que pode atingir todas as raças e faixas etárias. “Em filhotes, podemos citar como fator de dificuldade de locomoção a má-formação, as fraturas e as luxações”, explica o Dr. Alexandre Pasternak, médico veterinário e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária
Nos idosos, por outro lado, essas questões costumam ser causadas por doenças decorrentes do avanço da idade do pet. “Nos animais idosos, o que mais acontece são as degenerações como artrite, artrose, displasia coxofemural, entre outras”, completa.
Cuidado com os medicamentos
Ao ver o animal com dificuldade para se locomover, alguns tutores optam por oferecer ao pet suplementos alimentares sem consultar um veterinário. No entanto, esse tipo de atitude pode colocar em risco a saúde do bichinho. “O cálcio em excesso causa muito mais problemas do que a sua falta. O ideal é suplementar somente quando existe a prescrição de um médico veterinário, nutricionista ou ortopedista”, alerta o Dr. Alexandre Pasternak.
Tratamentos para dificuldade de locomoção
Apesar de a dificuldade de locomoção assustar os tutores, esse é um problema que pode ser tratado, a fim de garantir o bem-estar e a qualidade de vida do animal. “Hoje, com o advento da especialização na medicina veterinária, existem muitos tratamentos possíveis que envolvem especialistas em ortopedia, cirurgia, acupuntura, dor, fisioterapia e muitos outros”, ressalta o profissional.
Adaptações para animais com paralisia
De acordo com o Dr. Alexandre Pasternak, quando o problema é mais sério e leva o pet à paralisia, além do acompanhamento veterinário, é importante a utilização de um carrinho de locomoção para o animal. Além disso, algumas adaptações no ambiente em que o bichinho vive também são fundamentais, como afastar móveis para que não haja barreiras no caminho dele.
“É muito importante observar e auxiliar na alimentação, ingestão de água, cuidados com as necessidades fisiológicas, por vezes medicações de uso prolongado, exames e visitas periódicas ao veterinário, acupuntura, fisioterapia e alimentação especial”, completa o médico veterinário.