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6 tipos de chás que grávidas devem evitar consumir

Mulher segurando caneca e com a mão na barriga. Homem ao lado dela também toca a barriga

Nem todos os tipos de chás podem ser consumidos pelas mulheres grávidas (Imagem: Monkey Business Images | Shutterstock)

Seja para relaxar, aquecer o corpo ou simplesmente para saborear, o chá é uma bebida natural que traz diversos benefícios para a saúde e bem-estar. Durante a gravidez, principalmente por causa dos enjoos costumeiros, é muito comum que mulheres optem por fazer uso desse tipo de bebida.

Por isso, Natalia Barros, nutricionista mestre em Ciências pela UNIFESP e fundadora da NB Clinic, lista algumas opções que podem ser seguras para as gestantes e aquelas que devem ser evitadas. No entanto, lembre-se de consultar um médico antes de consumi-las, a fim de confirmar a segurança para a mãe e para o bebê.

Pode ser consumido durante a gravidez

1. Chá de gengibre

Amplamente conhecido por sua capacidade de aliviar náuseas e vômitos, sintomas comuns durante a gravidez. Além disso, estudos têm demonstrado que o gengibre é seguro quando consumido em quantidades moderadas durante a gestação.

Acredita-se que seus compostos ativos, como os gingeróis, exerçam efeitos antieméticos e anti-inflamatórios. No entanto, é importante salientar que o consumo excessivo de gengibre pode aumentar o risco de sangramento, devido às suas propriedades antiplaquetárias.

2. Chá de casca de frutas

Chás de casca de maçã, pêssego ou laranja são geralmente considerados seguros durante a gravidez. Além de oferecerem uma variedade de vitaminas e antioxidantes, são pobres em cafeína e, portanto, representam uma opção menos arriscada para as gestantes. No entanto, é importante não exagerar no consumo, uma vez que cascas de frutas cítricas são capazes de contribuir para sintomas de azia em algumas mulheres.

O chá de camomila deve ser evitado durante a gestação (Imagem: Brent Hofacker | Shutterstock)

Chás a serem evitados durante a gestação

Segundo Natalia Barros, alguns chás contêm ervas prejudiciais, que afetam os hormônios e o desenvolvimento do feto. Além disso, ela alerta que essas bebidas não devem entrar como substitutos da hidratação.

“A água é fundamental durante a gestação para manter a hidratação adequada e garantir o desenvolvimento saudável do bebê. O consumo excessivo de chás pode levar a uma ingestão insuficiente de água”, alerta.

Abaixo, a profissional lista os tipos de chás que podem oferecer perigo às gestantes.

1. Chá de camomila

Apesar de a camomila ser frequentemente recomendada como um calmante natural, seu uso durante a gravidez é motivo de preocupação. Alguns estudos sugerem que a camomila, quando consumida em quantidades elevadas, tem propriedades abortivas e emenagogas, ou seja, que estimulam a menstruação e o relaxamento uterino, podendo aumentar o risco de abortos. Pesquisas mostraram maiores indícios de aborto espontâneo e partos prematuros nas gestantes que faziam o uso constante da camomila.

2. Chá verde

Fonte rica em catequinas e cafeína, que, consumida em excesso durante a gestação, pode estar associada a complicações como parto prematuro e baixo peso ao nascer. Logo, bebidas contendo chá verde devem ser evitadas.

O chá de erva-doce pode estimular contrações uterianas na gravidez (Imagem: HandmadePictures | Shutterstock)

3. Chá de erva-doce

A erva-doce é frequentemente utilizada para aliviar problemas digestivos. No entanto, seu consumo em grandes quantidades pode estimular as contrações uterinas, o que levanta preocupações sobre seu uso durante a gravidez.

4. Chá de erva-cidreira e mate

Ambos contêm cafeína, o que torna seu consumo desaconselhável durante a gravidez, uma vez que o composto é capaz de afetar o desenvolvimento do sistema nervoso e aumentar o risco de parto prematuro.

Natalia Barros ressalta a importância do acompanhamento nutricional durante a gestação por este e outros motivos. “É fundamental que as gestantes consultem um nutricionista para orientações específicas sobre a dieta e o consumo de chás durante a gestação, visando assegurar a saúde materna e fetal durante esse período crítico”, afirma.

5. Chá de cavalinha

A cavalinha contém uma enzima chamada tiaminase, que pode degradar a tiamina, também conhecida como vitamina B1, presente no corpo. Ainda, a planta contém sílica, uma substância mineral que, em grandes quantidades, pode ser tóxica e prejudicial, especialmente para mulheres grávidas.

6. Chá de anis-estrelado

Uma das principais preocupações em relação ao chá de anis-estrelado durante a gravidez se dá pelo seu potencial para estimular as contrações uterinas. A planta contém compostos que podem ter propriedades uterotônicas, o que significa que são capazes de induzir ou aumentar as contrações do útero.

Além disso, o anis-estrelado contém anetol, um composto que, em grandes quantidades, pode ser tóxico. Embora o consumo moderado desse chá seja geralmente considerado seguro para adultos, a dose segura durante a gravidez não está claramente definida. Diante disso, muitos profissionais de saúde recomendam que mulheres grávidas evitem o consumo ou, pelo menos, o limitem a pequenas quantidades.

Por Michelly Souza e Redação EdiCase

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