A transição capilar é um estágio que muitas pessoas atravessam ao optarem por abandonar processos de alisamento ou tratamentos químicos em seus cabelos, permitindo que eles voltem ao seu estado natural. Esse período é significativo na vida daqueles que embarcam nessa jornada, uma vez que envolve uma série de transformações, tanto físicas quanto emocionais.
Para auxiliar nesse processo, Karla Anacleto, especialista em cabelos cacheados e crespos de São Paulo que presta serviços por meio do GetNinjas, plataforma para contratação de serviços, elenca dicas voltadas à transição capilar. Confira!
1. Como dar o primeiro passo para a transformação?
Karla Anacleto diz que o ideal é pensar em todo processo com leveza, buscando conhecimento e ter muita paciência. “O mundo dos cabelos cacheados e crespos é cheio de termos e técnicas e, ao tomar a decisão sobre a transição capilar, o ideal é sempre contar com um profissional que entenda sua necessidade e acompanhe a transformação de perto, pois o sucesso dessa mudança vai depender de muitos fatores externos, até mesmo do ambiente”, cita.
2. Por onde começar? Pelo cronograma capilar!
A especialista explica que o cronograma capilar é um dos processos mais importantes na transição. “Deve-se criar uma rotina de cuidados cujo objetivo seja repor nutrientes perdidos pelos cabelos e deixá-los mais fortes. Esse processo é composto por três etapas: hidratação, nutrição e reconstrução, que atuam diretamente na reposição de água, lipídios e massa capilar”, afirma.
3. O que fazer quando o cabelo está com duas texturas?
Em um determinado momento, o cabelo terá duas texturas, sendo uma química e outra natural. Segundo a especialista, não há um produto que torne tudo uniforme de primeira. Porém, a profissional esclarece que “o uso de cremes finalizadores para cachos ou cremes de pentear sem enxágue pode amenizar as duas texturas; isso fará com que o fio se acostume com a nova forma”, aponta.
Tipos de curvatura
A tabela de curvatura classifica, como o próprio nome diz, os cabelos a partir da curvatura dos cachos, dos mais abertos até os mais fechados. Karla Anacleto explica que, na lista, existem os tipos 2ABC (ondulados), 3ABC (cacheados), 4ABC (crespos) e 5 (crespos).
Técnicas e cuidados com o cabelo em transição
Abaixo, entenda alguns termos e procedimentos comuns durante o período em que o cabelo está passando pelo período de transição!
Big chop
É o grande corte da transição capilar, quando você retira toda a parte alisada, ou com química, deixando os cachinhos livres.
Co-wash
É uma técnica de lavagem que não utiliza shampoo e deixa os fios mais macios e hidratados. “Nesse método, o cabelo é higienizado com um condicionador limpante específico para a função. A intenção principal é fugir da ação dos sulfatos, petrolatos, parabenos e silicones presentes na composição de diversos produtos capilares que podem prejudicar o resultado da transição”, cita a profissional.
Day after
Karla Anacleto explica que o day after é a quantidade de dias em que os cachos duram após a última lavagem e pode ser considerado o tempo entre uma higienização e outra.
Fitagem
É um método de finalização que separa o cabelo em fitas. “Durante a aplicação do creme de pentear, separa-se o cabelo em mechas para deixar os cachos mais definidos”, comenta a especialista.
No Poo
Essa é uma técnica em que se elimina totalmente o uso de shampoo, com ou sem sulfato. Nela, a lavagem do cabelo é feita com condicionador (Co-wash). Além de não usar xampu, também não se usa óleo mineral, parafina e silicones insolúveis.
Low poo
A técnica low poo consiste em utilizar shampoo mais suave, normalmente sem sulfato, com o intuito de reduzir o ressecamento dos fios. “Essa substância trata de uma limpeza muito profunda dos fios e pode acabar removendo nutrientes e óleos naturais das madeixas. Por isso, fazer a higienização dos fios sem o uso do sulfato deixa o cabelo mais macio, sedoso e saudável”, afirma Karla.
Método LOC e COG
São técnicas de finalização que buscam prolongar o day after. O método LOC significa líquido, óleo e creme. É feito com a ajuda de um borrifador ou produto em spray para trazer hidratação, óleo para nutrir e o creme para definir os cachos. Já o método COG significa creme, óleo e gelatina. “Nesse caso, o resultado é ainda mais duradouro, pois o creme define, o óleo nutre e a gelatina traz fixação para o cabelo”, salienta a profissional.
Texturização
Engloba técnicas que formam cachos nos fios sem a ajuda de quaisquer ferramentas de calor. Karla comenta que “são ações essenciais durante a transição, pois ajudam a lidar com as duas texturas. Podem ser feitas com o próprio cabelo, com grampos, com a ajuda de acessórios, como bigudinhos, flexi rods, bobes e curl formes“.
Umectação
Essa técnica faz parte da etapa de nutrição do cronograma capilar e funciona como um banho de óleo, repondo os lipídios. “A umectação pode ser realizada com diversos óleos vegetais, como o de coco ou de oliva”, explica.
Por Bruna Zanin