Os cães alegram a casa, divertem as crianças e trazem uma nova rotina para a família. Contudo, nem sempre temos tempo para retribuir todo o amor que eles merecem. Esses animais, no entanto, precisam de carinho, além dos cuidados básicos de saúde. “Os cães são animais sociáveis, eles não ficam muito à vontade sozinhos, apenas alguns não se importam de passar boa parte do dia sem ter mais alguém por perto”, explica o adestrador Rafael Lola Cassanta.
Formas de dar atenção ao seu pet
Contudo, se você não consegue dar a atenção que o seu cachorro precisa, têm outras formas de amenizar essa necessidade. “O ideal seria deixá-lo em uma creche, onde ele teria exercícios e companhia durante o dia e a tarde. Outra dica é contratar um passeador de cães durante uma hora. Seu grande amigo teria a oportunidade de se distrair e gastar um pouco de energia, assim ficaria menos ansioso esperando o retorno de seus donos”, recomenda Rafael.
Como acostumar o cão com a ausência do tutor
Quando a mudança é repentina, é preciso tomar um pouco mais de cuidado. O cachorro precisa se acostumar com a ausência do seu tutor. Então, o indicado é que você faça essa adaptação de forma gradativa.
“Comece a deixá-lo sozinho por curtos períodos, por exemplo, deixe-o em um cômodo com a porta fechada e vá para o outro, espere poucos segundos, se ele não chorar, recompense-o com um petisco ou carinho. Mas tem um detalhe muito importante: não faça festa quando retornar para onde ele ficou, apenas recompense dizendo ‘muito bem’ em um tom de voz suave e tranquilo”, indica o adestrador.
O ideal é que ele se acostume com a sua ausência, até parecer natural. “Caso não seja possível cuidar dessa adaptação com antecedência, deixe-o alguns dias em uma creche, para que possa ser observado durante os primeiros dias”, recomenda Rafael.
Comportamentos que expressam medo e insegurança
Quando a adaptação é feita de forma muito brusca, o cachorro pode se sentir abandonado e ter algumas mudanças de comportamento. “Latir, uivar, chorar, lamber as patas até formar feridas, morder partes do corpo, roer objetos da casa, cavar sofá, fazer xixi e cocô na cama dos donos, arranhar as portas, são comportamentos clássicos de cães ansiosos e ociosos”, explica o adestrador.
Contudo, é importante esclarecer que esse comportamento não é para punir os tutores, é apenas uma maneira de o cão expressar o medo e a insegurança que está sentindo. Por isso, é importante encontrar uma forma de distraí-lo. Deixe brinquedos em casa quando estiver ausente, leve-o para passear ou para fazer alguma atividade antes de sair. E não se esqueça: devolva todo o carinho que ele está sempre disposto a lhe dar.