Viagem no Carnaval: 7 cuidados para não colocar a saúde em risco

Viagem no Carnaval: 7 cuidados para não colocar a saúde em risco
Alguns cuidados são importantes para a viagem de Carnaval (Imagem: Lepusinensis | Shutterstock)

O Carnaval é uma das festas mais aguardadas pelos brasileiros e turistas que visitam o país. A cada ano, diferentes cidades do Brasil se destacam por suas programações carnavalescas únicas e cheias de tradição. Assim, viajar para aproveitar a folia pode ser uma experiência incrível para quem deseja se divertir, conhecer novos lugares e culturas, e celebrar uma das festas mais animadas do mundo.

Por isso, confira tudo o que você precisa saber antes de embarcar para fazer uma viagem tranquila e chegar ao destino sem complicações.

1. Lembre-se de movimentar o corpo

Mesmo em locais de difícil circulação, como carros, ônibus e aviões, movimentar-se durante a viagem é indispensável. “Em viagens longas, as pernas ficam para baixo e paradas na mesma posição por muito tempo. Sem contração muscular da panturrilha, o sangue não circula como deveria e acaba migrando para os tecidos ao redor, ocasionando inchaço”, explica a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita.

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Por isso, é importante evitar permanecer muito tempo na mesma posição. “No avião, procure caminhar no corredor ou movimentar os membros inferiores no seu próprio lugar. Já nas viagens de carro, faça paradas regulares para esticar as pernas”, aconselha a médica.

2. Vá ao banheiro

Aproveite o momento de se movimentar para também ir ao banheiro, pois segurar a urina é prejudicial à saúde. “Essa prática quando feita por longos períodos de tempo, como durante uma viagem, pode favorecer o surgimento de infecções urinárias”, explica a médica nefrologista Dra. Caroline Reigada. “Além disso, se você estiver de carro, há o risco de a bexiga cheia romper em caso de colisão ou acidente, o que geralmente não ocorre quando ela está vazia.”

3. Cuide da alimentação

Programe a sua alimentação antes, durante e depois da viagem. “Aeroportos e rodoviárias geralmente não têm muitas opções de alimentos saudáveis, então prepare-se e leve frutas, lanches naturais, barrinhas e outros snacks leves e saudáveis”, recomenda a nutróloga Dra. Marcella Garcez.

Durante a viagem, evite alimentos muito salgados ou doces, que desidratam o corpo, e refeições pesadas de difícil digestão. “Motoristas e pessoas que querem se manter despertas também devem evitar massas, pães e farináceos refinados de alto índice glicêmico, que podem provocar sonolência após a ingestão”, aconselha.

Se optar por comer em algum estabelecimento durante o trajeto, atente-se à procedência dos alimentos. “Alimentos de composição e procedência desconhecida, com sinais de má higiene ou de preparo e armazenamento inadequados, representam um risco à saúde, podendo levar a uma intoxicação alimentar. Então, atente-se a essa questão”, alerta.

Grupo de amigos fantasiados brindando com garrafa
Bebida alcoólica durante a viagem pode ser perigosa (Imagem: Vergani Fotografia | Shutterstock)

4. Atenção ao consumo de álcool

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas não é recomendado em viagens. “Bebidas alcoólicas em excesso devem ser evitadas por vários motivos, incluindo desidratação do corpo, intoxicação hepática e sintomas neurológicos, todos indesejáveis em períodos de viagens”, diz Dra. Marcella Garcez.

O cuidado deve ser redobrado em viagens de avião. “No avião, os efeitos do álcool são mais exacerbados devido à menor pressão atmosférica com consequente redução da oxigenação da aeronave”, acrescenta a Dra. Caroline Reigada.

Além disso, ingerir bebidas alcoólicas também pode ocasionar uma piora dos sintomas de cinetose. “A cinetose é uma condição caracterizada pelo enjoo e desconforto que acontece a bordo de carros, navios, ônibus e aviões por questões neurológicas relacionadas ao equilíbrio […]. Para lidar com a cinetose, além de não consumir álcool, é importante evitar substâncias estimulantes em excesso e não fazer refeições pesadas ou ficar muito tempo em jejum”, aconselha a nutróloga.

5. Cuidado com medicamentos sedativos

O uso de remédios que causam sonolência é muito comum em viagens, seja para controlar o enjoo ou simplesmente para não ver a hora passar. Mas é melhor evitar. “Qualquer medicação que causa sonolência reduz o poder de julgamento e, logo, aumenta a possibilidade de confusão mental”, alerta a Dra. Caroline Reigada.

Ainda segundo ela, esses remédios podem causar acidentes. “Os medicamentos hipnóticos prejudicam as funções motoras e cognitivas, aumentando o risco de acidentes e quedas, especialmente no caso de idosos e, principalmente, em ambientes que podem levar ao desequilíbrio, como em um navio”, acrescenta.  

6. Proteja a pele

O clima seco do avião pode favorecer o ressecamento da pele. “Além da falta de umidade do ambiente, o próprio ar bombeado para dentro da aeronave causa ressecamento, pois chega a temperaturas bem baixas. Com isso, ocorre uma evaporação mais rápida da água presente na pele, levando à desidratação”, explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff.

Por isso, o item de beleza mais importante em viagens como essa, sem dúvidas, é o creme hidratante. “Para o rosto, utilize um hidratante leve em sérum e não se esqueça também da área dos olhos, que podem ficar mais inchados durante a viagem. Lip balms ou, até mesmo, a boa e velha vaselina são excelentes pedidas para os lábios”, ensina a dermatologista Dra. Cintia Guedes.

De acordo com a especialista, também vale apostar em outros produtos para auxiliar na hidratação da pele. “Invista também na água termal, que hidrata, refresca e acalma a pele. Borrife durante a viagem e deixe que o produto seque completamente. Na hora de dormir, aproveite as horas de descanso e use uma máscara hidratante”, recomenda.

7. Utilize protetor solar

Não é só nas viagens de carro que devemos lembrar da fotoproteção. “As janelas do avião não bloqueiam os raios UVA, que provocam o envelhecimento precoce da pele e o câncer de pele. Além disso, devido à altitude mais elevada, esses raios UVA são ainda mais prejudiciais que o normal”, alerta a Dra. Paola Pomerantzeff. No navio, a fotoproteção também é necessária, pois os raios solares não atingem a pele apenas de cima, mas de várias direções, pois são refletidos pela água do mar. 

“O protetor solar deve ter fator de proteção solar (FPS) de, no mínimo, 30. Além disso, procure produtos próprios para o seu tipo de pele. As opções são inúmeras. Existem produtos específicos para a pele oleosa, seca, sensível, com cor e sem cor e por aí vai”, recomenda a Dra. Cintia Guedes. Lembre-se que o produto precisa ser reaplicado no máximo a cada 3 horas. Caso você transpire ou tenha contato com água, é ideal reaplicá-lo antes desse período.

Por Paula Amoroso

Redação EdiCase

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