Na lista de elementos a serem escolhidos para um jardim, além das espécies de plantas, o piso é um dos elementos mais importantes do projeto. Pensando no contexto da segurança, bem como aspectos específicos relacionados à indicação de uso e o tipo de cuidado, o profissional de arquitetura e paisagismo dedica uma atenção exclusiva para não errar na escolha. Por isso, a dupla de paisagistas Catê Poli e João Jadão compartilham 3 dicas para você escolher o piso ideal para o seu jardim. Confira!
1. Pense na função do ambiente
Jardins são espaços verdes planejados – por isso, nada mais justo do que fazer a análise da área onde será construído. Segundo os profissionais, é fundamental verificar questões como:
- Dimensões;
- Espaços abertos ou fechados;
- Perto de piscinas e áreas gourmet;
- Frequência da circulação de pessoas e animais.
2. Considere o tipo de material do piso
Feito isso, o projeto passa a considerar os materiais que serão utilizados para compor o ambiente, sempre prezando pela preocupação de oferecer aos usuários um espaço bonito e bastante seguro. “É preciso especificar um piso que combine com a proposta de onde ele será inserido, seja de uma residência ou de um espaço público. Como premissa, gosto de trabalhar com pisos antiderrapantes como estratégia para mitigar o risco de acidentes em áreas molhadas e externas. O cuidado é com todos, mas é preciso se prevenir ainda mais com o público idoso, crianças e pets”, enfatiza Catê Poli.
Veja quais são os produtos mais indicados:
Pisos de pedra
Considerados como queridinhos, este tipo é eterno e resistente, possui um ar mais natural e agradável, são pisos de texturas antiderrapantes com formas variadas e alta absorção de água. Entre as variedades que demandam baixa manutenção, a longo prazo, estão o granito, ardósia, pedras portuguesa e goiás, entre outras.
Piso cimentício
Estes são os mais contemporâneos e os mais econômicos, possuem textura antiderrapante, são fáceis de limpar e contam com modelos atérmicos, que são ideais para áreas abertas. O único contratempo são as infiltrações, que devem ser evitadas com um processo acertado de execução.
Piso de porcelanato
Por conta de seu processo industrializado, agrega sofisticação por conta do seu viés decorativo. Com uma ampla gama de modelos e faixas de preços, a longo prazo pode dificultar a substituição de alguma peça, caso seja tirado de linha pelo fabricante. Por isso, é indicado guardar um pequeno percentual a ser empregado em uma eventualidade.
Piso de cerâmica
Bastante tradicionais, esses pisos geralmente têm tons terrosos e são atemporais. São porosos e tem aspecto bem natural. Vão bem em áreas externas clássicas, mas também se encaixam nas modernas e contemporâneas por ser um tipo que não cai de moda.
3. Escolha pisos que não atrapalhem a saúde dos pets
Com a presença de animais de estimação em casa, João Jadão adiciona a saúde dos pets como um ponto adicional a ser considerado. “É uma questão que envolve não só a locomoção deles como, também, a higiene”, comenta.
Assim, deve-se evitar pisos de madeira, pisos laminados e de porcelanato polido, que podem manchar e riscar com muita facilidade. Revestimentos lisos ou muito ásperos podem machucar as patas do animal. “Em áreas externas, eu também indico o uso de grama natural ou artificial. Essa definição vai depender do tipo de manutenção pretendida pelos clientes”, finaliza o arquiteto.
Por Emilie Guimarães