Veja como substâncias podem interferir no aleitamento materno
O leite materno é de extrema importância para o desenvolvimento do bebê. Ele fornece nutrientes essenciais, como proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais, necessários para o crescimento e o desenvolvimento adequado nos primeiros meses de vida.
A amamentação ultrapassa a função de nutrir fisicamente a criança, e está fortemente relacionada ao processo de amadurecimento do vínculo entre a mãe e o bebê, conforme explica o ginecologista e professor do curso de Medicina da Unime, Dr. Omar Darze.
“Para as crianças, a amamentação promove, além de uma nutrição ideal, um sistema imunológico mais atuante, um melhor desenvolvimento cognitivo e intelectual. Aquela criança que é amamentada tem menos chances de desenvolver diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia e obesidade na vida adulta. A mãe também é beneficiada e tem na amamentação um fator protetor contra o câncer de mama, diabetes tipo 2 e fortalecimento do vínculo mãe-filho”, destaca.
Substâncias podem passar para o leite
É por tais fatores tão significantes que o medo de algumas mães é ter que interromper o período de aleitamento materno por qualquer motivo, como em casos de uso de alguma medicação. Nessa hora, surgem os questionamentos do que é ou não é proibido nesse período.
“Muitas substâncias ingeridas pela mãe passam a fazer parte do leite materno e assim são expostas aos recém-nascidos. Essas substâncias podem prejudicar a amamentação sob vários aspectos como: inibir sua fabricação, alterar características do leite materno quanto ao gosto, ao cheiro e algumas podem causar danos importantes à saúde das crianças”, explica o Dr. Omar Darze.
Além disso, conforme explica o médico, diversas substâncias são absorvidas pelo nosso organismo, não somente por meio da ingestão. “Existe absorção através da pele e do ar que respiramos, lembrando que diariamente somos expostos a uma infinidade de agentes”, ressalta.
Tintura para cabelo e aleitamento
Uma discussão atual é sobre a segurança na utilização de tintas para pintar cabelos durante a amamentação. “A Sociedade de Pediatria tranquiliza as nutrizes e afirma que as mães podem continuar tingindo os cabelos sem maiores riscos ao bebê, dando preferência à escolha de colorações livres de chumbo, formol e amônia”, aponta o médico.
Consulte sempre um médico
Ainda mediante conhecimento do que pode causar algum mal, o ginecologista ressalta que a avaliação de cada caso deve ser feita pelo médico que acompanha a paciente e o seu bebê. “O histórico do paciente é fundamental na hora de dar as diretrizes sobre qualquer diagnóstico e tratamento que não prejudique a amamentação. O tempo de permanência de uma medicação no organismo varia de acordo com a composição do remédio e esse é apenas um dos fatores que devem ser avaliados pelo médico. Recorrer ao médico especialista é o meio mais seguro”, conclui o Dr. Omar Darze.