No Brasil, a dupla arroz e feijão constitui não apenas a base da alimentação diária, mas também um símbolo cultural de união e diversidade gastronômica. Porém, além de seu valor cultural e culinário, os feijões possuem uma riqueza nutricional que os eleva ao status de superalimentos, oferecendo benefícios à saúde que são tão variados quanto os tipos existentes. Por isso, a seguir, confira 8 vantagens de incluir esse tipo de leguminosa na dieta!
1. Melhoram a saúde cardiovascular
O feijão-preto é rico em antioxidantes, como as antocianinas, que dão a sua cor escura característica, e ajuda a reduzir a inflamação e o estresse oxidativo, fatores associados a doenças cardíacas. A presença significativa de fibras solúveis também contribui para diminuir os níveis de colesterol LDL, o que faz deste alimento uma ótima opção para incluir na dieta.
“Uma boa alimentação ajuda a controlar a pressão arterial, os níveis de glicemia, o colesterol, reduzindo o LDL (colesterol ruim) e aumentando o HDL (colesterol bom). Ainda ajuda [você] a se manter sempre no peso adequado, além de melhorar o seu sono e o seu humor”, afirma o cardiologista Dr. Roberto Yano.
2. Atuam no combate à anemia
O ferro é crucial para prevenir e ajudar a combater a anemia, e os feijões, especialmente os tipos preto e carioca, são fontes valiosas desse mineral. A anemia ferropriva, comum entre mulheres e crianças, pode ser resolvida com a inclusão regular desses feijões na dieta, especialmente se acompanhados de fontes de vitamina C, que otimizam sua absorção.
3. Ajudam no controle glicêmico
O feijão-fradinho é particularmente benéfico para pessoas com diabetes tipo 2, devido ao seu baixo índice glicêmico. Este tipo de feijão libera açúcar no sangue de maneira mais lenta, ajudando no controle dos níveis de glicose e na prevenção de picos após as refeições.
4. Fortalecem o sistema nervoso
Rico em tiamina (vitamina B1), o feijão azuki é bom para a saúde do sistema nervoso. Isso porque ela é essencial para a função cerebral e para a formação de moléculas de neurotransmissores, o que pode ajudar na prevenção de distúrbios como a depressão e a ansiedade.
5. Promovem saúde digestiva e intestinal
Os feijões, em geral, são ricos em fibras, mas o feijão-branco se destaca por seu alto teor de amido resistente, que atua como prebiótico, alimentando as bactérias benéficas no intestino. Isso não só melhora a saúde digestiva, mas também fortalece o sistema imunológico e pode reduzir o risco de alguns tipos de câncer gastrointestinal.
“As fibras presentes nos alimentos ajudam a manter o corpo em equilíbrio. Absorvem excessos e ajudam a eliminar as toxinas. Previnem a constipação e doenças relacionadas ao intestino, ajudam na perda de peso e na prevenção de doenças cardiovasculares”, explica a nutricionista Fernanda Sobral.
6. Auxiliam no controle do peso
Todos os tipos de feijões podem ser grandes aliados na perda e controle de peso devido ao seu elevado teor de fibras e proteínas. Eles promovem uma sensação de saciedade prolongada, ajudando a reduzir a ingestão calórica total. O feijão-rajado, por exemplo, é especialmente rico em proteínas, benéfico para quem procura manter a massa muscular enquanto elimina gordura.
“Por serem alimentos [os feijões] muito fibrosos, eles diminuem a velocidade de absorção de uma refeição, o que é bom, pois diminuem o apetite e a liberação de hormônios que nos fazem ganhar peso”, diz o nutricionista Fernando Castro.
7. Atuam na prevenção a cáries
Surpreendentemente, todos os feijões, quando preparados da maneira adequada, podem contribuir para a prevenção de cáries. O processo de cozimento em água tratada com flúor permite que estes grãos absorvam e depois liberem a substância, fortalecendo o esmalte dentário.
8. Fonte de proteína de alta qualidade
O feijão é uma excelente fonte de proteína vegetal, tornando-se uma opção saudável para vegetarianos e veganos. As proteínas “são responsáveis pela formação e manutenção dos tecidos celulares, síntese muscular, de anticorpos, enzimas, hormônios, neurotransmissores, no transporte de substâncias pelo corpo e são fonte de energia”, explica Alessandra Luglio, nutricionista e coordenadora do departamento de nutrição da Sociedade Vegetariana Brasileira.