Conheça as vantagens de inserir plantas preservadas na decoração
As plantas preservadas, que passam por um processo químico que garante sua durabilidade, já eram queridinhas de projetos corporativos, mas agora invadem também lares brasileiros. A combinação do desejo por verde natural com a durabilidade atrativa torna essas folhagens uma escolha crescente.
A arquiteta Marta Martins, compreendendo a falta de tempo dos clientes, adota essas plantas em seus projetos residenciais, oferecendo beleza sem a exigência de cuidados intensivos, uma solução prática e elegante.
Com o intuito explorar o conceito de biofilia, ela procura encaixar as plantas preservadas como forma de garantir o frescor e os benefícios que a natureza agrega aos projetos de interiores, mas sempre respeitando as predileções, desejos e necessidades de casa de cada pessoa. “Avaliamos com todo cuidado para definir as tipologias de plantas e o seu modo de exposição, seja em vasos ou jardins verticais”, explica a profissional.
Como são constituídas as plantas preservadas?
A transformação acontece quando as folhagens naturais são submetidas ao processo químico que conserva sua textura e integridade. “É como se elas fossem empalhadas”, exemplifica a profissional. Essa atividade é manual, tecnológica e executada por profissionais especializados que zelam para garantir o aspecto original. Como etapa final, posteriormente são encaminhadas para a secagem e tingimento.
Quando utilizar essas plantas
Por si, o verde propícia a percepção de calma ao ambiente e, consequentemente, para os moradores. Todavia, ela relata que, além da falta de tempo para cuidar, outros fatores corroboram para a adoção das plantas preservadas.
“Passamos por algumas restrições como a impossibilidade de aderir às folhagens naturais em decorrência de restrições condominiais ou a falta de estrutura para ventilação ou iluminação”, detalha Marta. “Nesses momentos, são muito bem-vindas”, complementa.
Versatilidade e estética
Entre as possibilidades a serem exploradas, espaços maiores possibilitam a criação de jardins verticais que tanto influenciam na estética, como podem ajudar em questões acústicas da área. “Em projetos com pé-direito duplo, gosto muito de considerar as espécies nas salas [de estar, TV] e varandas integradas. Eu acredito nessa combinação entre biofilia e bem-estar”, reforça a arquiteta.
Vantagens das plantas preservadas
As plantas preservadas não precisam de manutenção periódica e são perfeitas para quem não tem tempo de cuidar das espécies naturais. Mas os benefícios não param por aí:
- Dispensa da rega, poda, adubação e exposição solar
- Livre de insetos indesejados
- Alta durabilidade
- Absorção de ruídos excessivos
- Versatilidade (por ser feita sob medida, pode incluir outras espécies de plantas e cores)
- Resistente à oscilação de temperatura e ao ar-condicionado
Manutenção e durabilidade
Apesar de não demandar uma manutenção periódica, algumas recomendações não podem ser esquecidas se o intuito é mantê-las sempre bonitas. No dia a dia da casa, uma higienização superficial, com espanador e movimentos sutis, é indicada para que o morador retire o pó em excesso.
Já a longo prazo, em um período de um a dois anos, é recomendado que o morador contrate uma equipe especializada para a limpeza e, se necessário for, executar a troca parcial de alguns ramos ou um novo tingimento. “A ideia é sempre manter a estrutura existente, desde que não haja nenhum estrago considerável”, analisa a arquiteta.
Entretanto, ela pontua que se a instalação das plantas preservadas ocorrer em um local de grande circulação, o toque constante das pessoas pode incorrer em quebras que prejudicam a aparência. “Nesses casos, é bem possível que essa restauração precise acontecer em um prazo menor”, avalia.
Atenção: as espécies preservadas não devem ser molhadas em hipótese alguma, pois a água desenvolve o desbotamento e a ocorrência de mofo. Ademais, a exposição excessiva ao sol também provoca a alteração de cor nas folhagens.
Uso na decoração
As plantas preservadas são bem democráticas, e a coloração predominantemente verde gera uma atmosfera alegre, despojada e convidativa que combina muito bem quando sozinhas ou acompanhadas por revestimentos, papéis de parede, quadros ou texturas. “A premissa é sempre trabalhar pela harmonia entre os elementos”, aconselha a arquiteta.
Entre as espécies mais requisitadas, Marta relata que a avenca é uma ‘queridinha’ dos projetos de paisagismo, pois apresenta excelentes resultados devido ao volume. Já para o uso em vasos, os buxinhos são bem populares, assim como a palmeira-fênix ou areca, cica e até alguns tipos de podocarpus.
Por Flávia Ávila