Os remédios são essenciais para o tratamento de diversos problemas de saúde. Inclusive, alguns têm o preço extremamente elevado. No geral, isso acontece com aqueles utilizados por uma parcela restrita da população que sofre com algum tipo de doença rara, que afeta 65 pessoas a cada 100 mil, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Segundo informações do Ministério da Saúde, cerca de 13 milhões de brasileiros possuem algum tipo de doença rara. Com isso, o preço de alguns fármacos é supervalorizado no mercado, pois quanto menos pessoas utilizam um medicamento maior é o valor dele comercialmente.
A seguir, confira uma lista dos medicamentos mais caros no mundo comercializados no Brasil.
1. Zolgensma – US$ 2,1 milhões
Indicado para o tratamento de Atrofia Muscular Espinhal (AME), o medicamento é considerado o mais caro no mundo. Isso porque ele utiliza uma técnica de alto investimento para ser produzido, além de ser desenvolvido e comercializado exclusivamente pela farmacêutica ‘Novartis’.
De acordo com informações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o tratamento com a medicação é indicado para crianças com até 2 anos de idade. Além disso, ele pode neutralizar os efeitos da atrofia muscular. Quanto à dose de aplicação, a agência informa que deve ser realizada por um profissional especializado de acordo com o peso de cada paciente.
2. Luxturna – US$ 850 mil
Utilizado no tratamento de pacientes com perda de visão progressiva, causada pela distrofia hereditária, o remédio administrado via subretiniana é indicado para pacientes pediátricos acima de 4 anos. Além disso, deve ser aplicado somente em ambiente cirúrgico, segundo informações da Anvisa. Apesar dos benefícios, ele ainda não é ofertado pelo SUS.
3. Ravicti – US$ 793 mil
Fabricado pela ‘Horizon By Your Side’, o fármaco é indicado no tratamento de doenças do ciclo da ureia. É responsável por evitar o acúmulo de amônia no organismo, causado pela falta de eliminação dos resíduos do elemento químico azoto, prejudicial à saúde do corpo. Segundo informações da Agência Europeia de Medicamentos, o ‘Ravicti’ é utilizado quando as doenças não podem ser tratadas somente por dieta. Ele deve ser administrado oralmente e obtido via prescrição médica.
4. Brineura – US$ 700 mil
Segundo informações da bula do medicamento, ele é indicado para pacientes que sofrem com lipofuscinose ceróide neuronal tipo 2, também conhecida como ‘deficiência de tripeptidil-peptidase’, uma enfermidade que constitui um grupo de doenças neurodegenerativas, devido a deficiência da enzima chamada tripeptidil peptidase 1. O remédio deve ser administrado por um médico em um hospital ou clínica e baseado na idade do paciente.
5. Carbaglu – US$ 419 mil
Conforme o registro do medicamento na Anvisa, o ‘Carbaglu’ é utilizado no tratamento de hiperamonemia, transtorno metabólico provocado pela deficiência de N-acetilglutamato sintase (NAGS), que afeta o organismo e prejudica o desenvolvimento de crianças e adultos em qualquer idade. A longo prazo, a intervenção com o remédio pode reduzir as complicações neurológicas causadas pelo acúmulo de amônia na corrente sanguínea.