A Idade Contemporânea é o atual período da nossa história. Ela iniciou em 1789, com a Revolução Francesa, e já se entende por mais de 230 anos. Ao longo desse tempo, muitos acontecimentos se desenrolaram em diversas partes do mundo. A seguir, vamos revisar os primeiros deles:
1. Napoleão
Com a indicação dos burgueses, a França foi governada por Napoleão em três fases:
a) Consulado (1799 a 1804)
Nessa fase, Napoleão Bonaparte derrubou o diretório que o elegeu, criou o Banco da França, censurou a imprensa, estreitou relações com a Igreja Católica e instituiu o Código Civil Napoleônico, no qual havia direitos de casamento civil, liberdade individual e igualdade perante a lei. Contudo, Napoleão proibiu greves e paralisações sindicais.
b) Império (1804 a 1815)
Nessa segunda fase, Napoleão se tornou imperador da França, conquistou grande parte da Europa e levantou monumentos de exaltação, como o Arco do Triunfo. Quando invadiu a Inglaterra, em 1805, foi derrotado pela Marinha Superior e, então, decretou o Bloqueio Continental, que ordenava que todos os países fechassem seus portos para os produtos industriais ingleses. Portugal desobedeceu ao bloqueio e, temendo ser atacado, o rei D. João VI e sua família fugiram para o Brasil.
A Rússia também desobedeceu ao bloqueio e foi invadida pela França em 1812. Entretanto, com o forte inverno e a estratégia de terra arrasada (sem água e mantimentos), o exército napoleônico foi derrotado. Este e alguns outros eventos levaram Napoleão, em 1814, a abdicar ao trono e, em seguida, ser exilado na ilha de Elba, na Itália.
c) Governo dos 100 dias (1815)
Nessa última fase, Napoleão Bonaparte retomou o poder após fugir do exílio. Contudo, após 100 dias de governo, o imperador foi derrotado na Batalha de Waterloo (ingleses e prussianos).
2. Congresso de Viena
Após a derrota napoleônica, ocorreu o Congresso de Viena (Áustria, 1815). Nele, decidiu-se que os territórios conquistados pela França seriam devolvidos às suas respectivas monarquias. Além disso, o congresso também decretou que tais monarquias deveriam se unir para criar o exército da Santa Aliança, cujo objetivo era impedir manifestações contra o antigo regime.
3. Independência da América Espanhola
Desde a colonização, as práticas de exploração faziam surgir ideias de independência política (junto ao Iluminismo). Os criollos (filhos de espanhóis nascidos na América) eram uma elite que tinha esse ideal de Revolução Francesa para assumir o governo.
Com o passar dos anos e de diversas lutas, no início do século XIX, os países da América Espanhola conseguiram conquistar a independência. Porém, esse processo ocorreu de formas diferentes em cada nação.
No México (antiga Nova Espanha), em 1821, a independência veio pelo criollo Agustín de Iturbide, que defendia os direitos da elite burguesa. Na América Central, as colônias seguiram o exemplo mexicano e, com isso, a Confederação das Províncias Unidas da América foi desmembrada em 1838.
Faziam parte dessa confederação: Nicarágua, Guatemala, Honduras, El Salvador e Costa Rica. Na América do Sul, a independência ocorreu por meio dos movimentos revolucionários de San Martín e Simón Bolívar. San Martín participou da emancipação do Chile, do Peru e da Argentina. Por sua vez, Simón Bolívar contribuiu para a independência da Colômbia, da Venezuela e do Equador.
4. Imperialismo
O Imperialismo, também conhecido como Neocolonialismo, foi um movimento de expansão territorial, cultural e econômico das nações europeias a partir do século XIX. Estimuladas pela busca de matérias-primas para abastecer as indústrias após a Revolução Francesa, além de novos consumidores e mão de obra barata, as potências (Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Rússia e Japão) recorreram à exploração da África e da Ásia.
O Imperialismo ou o Neocolonialismo, por meio da Missão Civilizadora, tirava inúmeras vantagens econômicas dos países mais pobres, principalmente os da África. As disputas pelos territórios africanos foram um dos motivos para o início da 1ª Guerra Mundial.
Por Tao Consult