No dia 8 de março, é celebrado o “Dia Internacional da Mulher”. Comemorado pela primeira vez em 1911, em países como Áustria, Alemanha, Dinamarca e Suíça, a data representa uma homenagem às lutas e conquistas de mulheres por igualdade e respeito. Reconhecido pela ONU (Organização Mundial das Nações Unidas) em 1975, o dia tornou-se também uma ocasião para incentivar figuras femininas a buscarem seus direitos.
Nesse contexto, um importante aliado são os livros. Isso porque, por meio da escrita, escritoras como Maria da Penha, Michelle Obama e Carolina Maria de Jesus manifestam suas histórias, seus anseios políticos e demandas sociais que inspiram outras mulheres a romperem padrões limitantes e a criarem suas próprias narrativas. Por isso, confira a seguir 5 obras literárias escritas por essas e outras autoras para entender a luta feminina e celebrar a data.
1. Em Busca de Mim – Viola Davis
Uma autobiografia da famosa atriz e produtora norte-americana Viola Davis, vencedora do Oscar, em 2017, como coadjuvante no filme “Um limite entre nós”. Este livro convida os leitores a conhecerem a atriz em seu íntimo, desde uma menina sonhadora da Carolina do Sul até seus medos, suas inseguranças e seu reconhecimento como uma mulher forte.
Narrando a sua história desde a infância até o estrelato, Viola conta como lutou desde sempre para fugir de seu passado e buscar um propósito pelo qual pudesse ser ouvida em um mundo que não a enxergava. Ao longo de 17 capítulos, é possível perceber como a escritora amadureceu em diferentes etapas da vida até se tornar um fenômeno mundial.
2. Sobrevivi… Posso contar – Maria da Penha
Também conhecida por denominar a lei Maria da Penha, como ficou conhecida a Lei nº 11.340/2006, no Brasil, Maria da Penha Maia Fernandes foi vítima de violência doméstica e, por pouco, sua história não teve um final fatal. Após lutar para que o seu agressor fosse condenado e tornar-se líder de diversos movimentos sociais a favor das mulheres, Maria da Penha escreveu uma autobiografia.
Relatando sua história como forma de contribuir para que outras mulheres tenham uma vida sem violência, a escritora descreve como era o seu relacionamento conjugal e revela detalhes das agressões às quais foi submetida. Além disso, ao longo de 220 páginas, Maria da Penha demonstra como foi montado e corrido o processo para que seu agressor fosse punido.
3. Minha História – Michelle Obama
A advogada e escritora norte-americana Michelle Obama, também conhecida por ser a primeira afro-americana a ocupar o cargo de Primeira Dama dos Estados Unidos, tornou-se um dos marcos revolucionários para mulheres ao redor do mundo. Como uma mulher preta e trabalhadora, sua história é uma inspiração para quem sonha em conquistar seus objetivos e desenvolver novos cenários para as minorias.
Por isso, em “Minha História”, os leitores mergulham na trajetória e nas vivências de Michelle, desde a infância, em South Side, Chicago, até sua vida como executiva e mãe e o período em que passou a residir na Casa Branca. Ao decorrer os capítulos, ela ainda descreve suas conquistas e decepções, tanto públicas quanto privadas, e as experiências que a tornaram uma das mulheres mais cativantes do século 21.
4. Eu sou Malala – Malala Yousafzai e Christina Lame
Considerada um dos maiores símbolos do ativismo feminista dos últimos tempos, Malala Yousafzai ficou conhecida após ser atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa dentro de um ônibus, quando voltava da escola. Isso porque ela se recusava a ficar em silêncio e lutava pelo seu direito de estudar quando o Talibã tomou o controle do vale do Swat.
Inspirada por sua história, neste livro, Malala, em colaboração com a jornalista britânica Christina Lame, narra sua infância no Paquistão, desde os primeiros anos na escola até a repressão à educação feminina, bem como evidencia a desigualdade social sofrida por uma população exilada sob o comando do Talibã. Durante a leitura, ainda é possível acompanhar os obstáculos enfrentados pelas mulheres em uma sociedade que valoriza os filhos homens.
5. Quarto de Despejo – Carolina Maria de Jesus
Carolina de Jesus é considerada uma das escritoras negras mais importantes do Brasil. Uma das primeiras a escrever sobre o cotidiano e a vida de pessoas que moram na favela, por meio deste livro, ela relata suas próprias experiências em um cenário cercado pela pobreza, desigualdade social e miséria. Com escrita simples e comovente, a escritora leva o leitor a mergulhar nas vivências e nos sentimentos das pessoas que moram em comunidades carentes, como a do Canindé, em São Paulo, para promover um olhar mais sensível e empático.