Muitas famílias no Brasil enfrentam desafios financeiros e buscam maneiras de controlar gastos e economizar dinheiro. A taxa média de endividamento dos lares brasileiros é de 8 em cada 10, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Em 2022, a média total de endividados foi de 77,9%, valor recorde desde que o levantamento começou a ser feito em 2011. Ainda segundo o CNC, em abril de 2023, quase um terço dos núcleos familiares no Brasil estavam inadimplentes.
Estar endividado não significa necessariamente estar inadimplente. O endividamento indica comprometimento de parte da renda mensal, seja com financiamento, parcelamento ou cartão de crédito. Nesse sentido, para auxiliar com a reorganização financeira, o economista e advogado Rafael Seixas, cofundador e CFO da Konsi, lista as seguintes dicas:
1. Avalie a sua situação financeira
Comece analisando o total da renda familiar, somando as despesas fixas e variáveis, como contas de consumo, aluguel, financiamentos, empréstimos e afins. “Essa primeira etapa parece óbvia para muitas pessoas, mas é importante para que a família consiga identificar possíveis gastos supérfluos que podem estar comprometendo alguma outra necessidade”, explica o economista.
2. Estabeleça metas financeiras
Se você tem algum objetivo, seja se mudar para uma casa melhor, comprar um carro ou, até mesmo, trocar eletrodomésticos, estabelecer metas é fundamental. Uma dica é começar com um objetivo de curto prazo, algo que não vá demandar tanto tempo e esforço, mas que será gratificante alcançar e te trará uma motivação para mirar em propósitos de longo e médio prazo.
Seu sonho é comprar uma casa ou se aposentar mais cedo, por exemplo? Então é um projeto para um futuro um pouco mais distante, porque demanda uma reserva de dinheiro maior. Se você está endividado e não consegue poupar dinheiro para atingir esses “objetivos-sonhos”, comece com metas para quitar esses compromissos e evite criar novos enquanto não finalizá-los. Dessa forma, a tendência é que cada vez mais o seu comprometimento de renda diminua e sobre dinheiro para guardar.
3. Reduza as despesas
Alguns gastos são fáceis de cortar, mas não é necessário renunciar a tudo. Defina uma parte do seu dinheiro para custos dispensáveis e se esforce para não gastar além do projetado. Também priorize a quitação de débitos com altas taxas de juros e atente para as oportunidades de portabilidade de empréstimos que podem reduzir o custo dessas operações.
Se um dos empréstimos for consignado de aposentados e pensionistas do INSS, você consegue fazer isso de maneira fácil e online. No app da Konsi, que pode ser baixado em qualquer loja de aplicativos, você consegue acompanhar todos os seus contratos e identificar se alguma instituição está oferecendo uma taxa menor de juros. O serviço também está disponível para servidores estaduais do Amazonas, Bahia, Mato Grosso e São Paulo, onde também atende os servidores municipais.
4. Encontre fontes de renda extra
Se você já reduziu ao máximo suas despesas e ainda não consegue melhorar seu endividamento, buscar renda extra pode ser um caminho. Não é fácil conciliar mais de uma ocupação, às vezes até três se você também estuda.
Mas, de repente, você consegue encontrar algo que não te demande tanto, como vender alguns doces na faculdade, sob encomenda, ou até em aplicativos de comida, hospedar ou passear com cachorros, investir em algo que trará um rendimento ou fazer entregas por aplicativo aos finais de semana.
Mas, antes de investir tempo e dinheiro em qualquer ideia, pesquise bem sobre ela para ter certeza de que é viável e segura.
5. Prepare-se para imprevistos
Coloque uma reserva de emergência como uma de suas metas. Poupando um pouco para imprevistos, você não precisará se endividar quando algo inesperado acontecer. Outra possibilidade é buscar por opções mais em conta de seguros, que garantem cobertura de alguns serviços, como mão de obra de chaveiros, vidraceiros, consertos hidráulicos, de eletrodomésticos, entre outros.
6. Monitore e faça ajustes constantes
É necessário acompanhar regularmente o orçamento e fazer ajustes conforme às mudanças nas suas necessidades e estilo de vida. Buscar uma educação financeira em família também é importante e estender isso às crianças facilitará a relação delas com o dinheiro no futuro.
Por Raíssa Jorgenfelth