Quantas vezes já nos pegamos inventando desculpas para evitar o exercício físico? Seja o clima, o pouco tempo, o custo ou simplesmente a preguiça, a maioria já recorreu a essas justificativas para escapar do compromisso com a atividade física. Todavia, manter uma rotina de exercícios requer mais do que apenas força de vontade; demanda disciplina para superar as barreiras que nós mesmos criamos.
Segundo um artigo publicado na revista Harvard Business Review, a “culpa do exercício” é uma realidade que pode prejudicar significativamente aqueles que buscam manter uma rotina ativa. Sentir-se culpado por não alcançar metas ou seguir cronogramas de exercícios não é produtivo. Em vez disso, é essencial identificar as desculpas usadas para evitá-lo e encontrar formas de superá-las. Abaixo, veja como!
1. É caro
Frequentar uma academia ou uma aula de dança, natação ou luta pode ser realmente caro para muitas pessoas. Embora os espaços de prática física monitorada sejam especificamente pensados para isso, não é estritamente necessário estar em um desses lugares para praticar exercícios.
“Há muitos exercícios eficazes que podem ser feitos utilizando objetos disponíveis em casa ou, até mesmo, o próprio peso [do corpo]. Mais importante que os equipamentos utilizados é a regularidade da atividade física”, explica o coordenador do curso de Educação Física da Universidade Positivo (UP) e coordenador técnico da UPX Sports, Zair Cândido.
2. Está muito calor ou muito frio
Muitos praticantes de corrida de rua e outras atividades expostas ao clima podem se desencorajar quando a previsão do tempo está nos extremos da temperatura – muito calor ou muito frio. Entretanto, insistir na prática física mesmo em condições adversas não é tão difícil quanto parece, embora exija algum grau de adaptação.
“Se está muito frio para correr na rua, você pode tentar praticar uma atividade interna, como ioga, pilates ou mesmo abdominais na sala de casa”, destaca o professor. Agora, se o problema é calor demais, uma aula de hidroginástica ou alguns minutos de natação podem ajudar a manter o treino em dia sem se sentir exausto.
3. Não há tempo disponível
Trabalhar, cuidar da casa (e dos filhos), ter uma vida social, comer de forma saudável. São tantos compromissos que, muitas vezes, parece não haver tempo disponível para os exercícios físicos. Uma maneira de driblar esse problema é fazendo o possível.
Zair Cândido lembra que é melhor se exercitar pouco do que não se exercitar. Para quem não consegue fazer treinos longos, as pequenas rotinas, de 15 ou 30 minutos, já são de grande ajuda para se manter saudável.
“Uma caminhada pelo bairro ou 15 minutos subindo e descendo as escadas do próprio edifício são boas saídas para quem tem pouco tempo. Ou você pode encaixar uma sequência de alongamentos ou agachamentos no meio da rotina de trabalho”, aconselha.
4. Estou cansado demais
A rotina contemporânea, principalmente nas grandes cidades, pode ser exaustiva para boa parte das pessoas. E o cansaço parece mesmo uma boa justificativa para evitar os exercícios físicos, mas não é. Ajustar o horário do treino para quando se está mais descansado – e manter essa agenda – é uma boa estratégia para não ter mais essa desculpa.
5. Não há espaço disponível
É possível praticar atividade física em qualquer tipo de espaço. “Não é preciso ter uma quadra esportiva ou toda uma academia disponível para sair do sedentarismo. A sala ou o quarto de casa oferecem muitas possibilidades para a realização de exercícios simples, como abdominais”, ressalta o especialista. Ele aponta que, muitas vezes, é melhor fazer o exercício possível no espaço que se tem do que esperar eternamente pela oportunidade de se exercitar em um espaço mais amplo.
6. Não é gostoso
Como muitas coisas na vida, fazer exercícios nem sempre é prazeroso. Embora haja, sim, liberação de substâncias como a endorfina durante a prática física, algumas pessoas simplesmente não conseguem começar a gostar de estar em movimento.
Mesmo assim, vale a pena insistir na busca por uma atividade agradável. “A dança é, também, uma forma de exercício, assim como brincar com seus filhos no parque. O que é necessário é encontrar algum tipo de movimentação que seja gostosa para você”, finaliza.
Por Enzo Feliciano