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5 dicas para uma convivência respeitosa com pessoas autistas

Mãos de adultos e crianças segurando um coração de quebra-cabeça sobre fundo azul claro

A convivência respeitosa com pessoas no espectro autista é um desafio que requer conhecimento e empatia (Imagem: Veja | Shutterstock)

Viver em um mundo diverso exige que aprendamos a conviver com as diferenças e respeitemos cada pessoa como única. No caso do Transtorno do Espectro Autista (TEA), distúrbio no desenvolvimento cerebral, cujo número de diagnósticos tem aumentado significativamente, é ainda mais importante que todos saibam sobre o assunto e busquem conviver de forma inclusiva e harmoniosa.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que existam cerca de 70 milhões de pessoas com autismo em todo o mundo. No Brasil, aproximadamente dois milhões de pessoas têm algum grau desse transtorno.

Importância da conscientização

Visando auxiliar nessa conscientização, a clínica TatuTEA, referência no cuidado de neurodivergentes, especialmente autistas, traz valiosas orientações. A especialista responsável por compartilhar essas dicas é Lívia Aureliano, psicóloga e doutora em Análise do Comportamento Aplicada (ABA).

“Com o aumento de diagnósticos de TEA, é inevitável que tenhamos contato com pessoas no espectro autista, em diferentes contextos da vida. Portanto, é responsabilidade de todos buscar o conhecimento adequado e adotar atitudes inclusivas, buscando a compreensão e aceitação das particularidades de cada pessoa autista, a fim de promover uma convivência respeitosa e inclusiva”, destaca a especialista.

Evite questionamentos

Uma orientação importante, por exemplo, é evitar questionar os autistas em filas prioritárias ou qualquer situação que exija comprovação. De acordo com a especialista, é importante compreender que eles não precisam provar sua condição.

“É necessário proporcionar um ambiente de inclusão e respeito para todos. Essa postura contribui para a promoção da autonomia e da igualdade de oportunidades dessas pessoas em todas as esferas da vida”, aponta.

A seguir, a especialista traz outras 5 dicas essenciais para um convívio respeitoso com pessoas que fazem parte do espectro autista.

1. Não faça suposições ou estereótipos

Evite generalizações ou estereótipos sobre o autismo. Cada indivíduo no espectro autista é único, com suas próprias características e necessidades. Logo, não assuma que todos os autistas compartilham as mesmas habilidades ou desafios.

2. Não ignore suas necessidades de comunicação

Respeite e valorize as diferentes formas de comunicação utilizadas pelos autistas. Alguns podem preferir a comunicação não verbal, enquanto outros podem utilizar a fala, a escrita ou a tecnologia assistiva. Não ignore ou desvalorize essas formas de expressão, mas esteja aberto e receptivo a elas.

3. Não force a interação social

Cada autista tem seu próprio conforto e limite em relação à interação social. Evite pressionar ou forçar um autista a se envolver em situações sociais que lhe causem desconforto. Respeite seu espaço e permita que ele decida quando e como deseja se envolver socialmente.

4. Não faça comentários ofensivos ou depreciativos

Não faça comentários depreciativos, ofensivos ou que desvalorizem as habilidades dos autistas. Comentários negativos ou julgamentos podem causar danos emocionais e prejudicar sua autoestima. Em vez disso, valorize suas conquistas e reconheça suas habilidades únicas.

Não menospreze as experiências e os desafios de pessoas autistas (Imagem: New Africa | Shutterstock)

5. Não minimize suas experiências ou desafios

Evite minimizar as dificuldades enfrentadas pelos autistas. As lutas e os desafios que eles enfrentam podem ser diferentes dos de pessoas neurotípicas. Diante disso, não menospreze suas experiências, mas esteja disposto a ouvir, entender e oferecer apoio quando necessário.

Seja empático com os autistas

A convivência respeitosa com pessoas no espectro autista é um desafio que requer conhecimento e empatia. “Respeite os limites pessoais de pessoas no espectro autista. Esteja atento aos sinais de desconforto e, sempre que possível, crie um ambiente tranquilo e acolhedor para eles. Além disso, outra dica é utilizar uma linguagem objetiva, evitando metáforas ou ironias, e dê tempo para que eles processem as informações e respondam”, recomenda Lívia Aureliano.

“Evite mudanças bruscas e, caso necessário, informe-as antecipadamente, possibilitando que eles se preparem para a transição. Por fim, mas não menos importante, ajude a criar oportunidades em que crianças e adolescentes autistas possam participar de atividades em grupo, respeitando suas necessidades individuais”, complementa.

O conhecimento é a chave para o respeito e a valorização da diversidade, contribuindo para que pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) tenham oportunidades igualitárias e uma vida com mais autonomia. A educação e a sensibilização são ferramentas poderosas para derrubar estigmas e preconceitos, permitindo que todos os indivíduos sejam reconhecidos e valorizados em sua plena capacidade.

Por Bruna Caires

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