5 doenças comuns em cachorros e gatos
Cães e gatos, assim como os humanos, estão sujeitos a uma série de doenças que podem representar riscos à sua saúde e vida. Por esse motivo, é essencial conhecer as principais condições que podem afetá-los, bem como estar atento aos sintomas. Ao reconhecer os sinais precoces, como alterações no comportamento, apetite ou atividade física, é possível agir rapidamente para buscar ajuda veterinária adequada. Além disso, conhecer as medidas preventivas pode ajudar a proteger os pets.
A seguir, confira 5 doenças comuns em cachorros e gatos!
1. Raiva
A raiva é uma doença viral que pode afetar todos os mamíferos, incluindo cães, gatos e humanos. Ela é transmitida pela mordida de um animal infectado. Os sintomas incluem alterações de comportamento, agressividade, salivação excessiva, paralisia e morte. Essa é uma condição que não tem tratamento ou cura; assim sendo, a prevenção é extremamente importante.
Para isso, é recomendado vacinar os animais contra a raiva. “Tratando-se da vacinação contra raiva, considerada vacina essencial para cães e gatos, a recomendação é que recebam dose única a partir de 12 a 16 semanas de idade e revacinados anualmente”, explica Marina Tiba, médica-veterinária e gerente de produtos da Unidade de Animais de Companhia da Ceva Saúde Animal.
2. Dermatofitose (micose)
A dermatofitose, também conhecida como micose, é uma infecção fúngica que afeta pele, pelos e unhas de cães e gatos. Ela é causada pelo contato direto com animais infectados, objetos contaminados ou solo. Os sintomas da condição incluem lesões circulares na pele, perda de pelos, prurido (coceira) e crostas.
Para o tratamento, recomenda-se consultar um médico-veterinário, que poderá recomendar a administração de antifúngicos tópicos e orais, além de medidas de higiene para eliminar esporos do ambiente. Para prevenir esse tipo de doença, é importante manter uma boa higiene, evitar contato com animais infectados e tratar prontamente os pets doentes.
3. Doença renal crônica (DRC)
A doença renal crônica (DRC) é uma condição progressiva que afeta a função renal em cães e gatos, mais comum em animais idosos. Ela acontece por senilidade, ou seja, quando o rim do pet adulto ou idoso perde a sua capacidade funcional. Os sintomas incluem aumento da sede e da urinação, perda de apetite, perda de peso, vômitos e letargia.
Para a doença renal crônica, não há cura, mas a progressão pode ser gerenciada com dieta especial, medicamentos para controlar os sintomas e fluidoterapia. A fim de prevenir a condição, é fundamental monitorar a saúde renal, especialmente em animais mais velhos, e oferecer uma dieta balanceada. “Oferecer água com frequência ao pet é mais que fundamental, afinal a falta dela dificulta que os órgãos trabalhem corretamente”, completa Thais Matos, veterinária da DogHero.
4. Otite
A otite é uma inflamação do ouvido. Não há uma causa específica, pois pode ser derivada de diversos fatores, como inflamações, infecções bacterianas, ectoparasitos como sarna, carrapatos e larvas de mosca, traumas, neoplasias e corpos estranhos.
Os sintomas mais comuns são: “dor, desconforto e prurido frequentes, podendo ter ainda secreção purulenta, sanguinolenta e odor forte. O animal também pode ficar apático, sem vontade de se alimentar e de brincar”, lista Valéria Natascha Teixeira, médica-veterinária e professora do curso de Medicina Veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
Tratar a otite em cães e gatos é importante para evitar que a doença se agrave. “A partir do diagnóstico específico, o médico veterinário irá definir os medicamentos para cada tipo de agente, ou recomendar uma cirurgia, se for necessária”, explica.
Alguns hábitos simples podem ajudar a evitar a condição. O primeiro deles é ficar atento aos sintomas, além de visitar regularmente o veterinário para avaliar a saúde do animal e manter a higiene e a limpeza da orelha do pet.
5. Doença do carrapato (erliquiose)
A erliquiose, popularmente chamada doença do carrapato, é transmitida pela picada de carrapatos infectados com as bactérias Ehrlichia spp. e Anaplasma spp. O animal doente pode apresentar febre, perda de apetite, letargia, dor articular, hemorragias, problemas respiratórios e renais.
Para o tratamento, recomenda-se consultar um médico-veterinário, que poderá recomendar o uso de antibióticos, anti-inflamatórios e terapia de suporte para controlar os sintomas e as infecções secundárias.
“A higiene do ambiente, inspeção dos animais após passeios, banhos e uso de produtos para combater os ectoparasitos são as principais formas de prevenção para pulgas, piolhos, carrapatos e doenças transmitidas por eles”, aconselha Valéria Natascha Teixeira.
Além disso, também há uma série de produtos que podem ser utilizados para prevenir carrapatos, como coleiras, pipetas de aplicação no pescoço, sprays, talco e comprimidos.