Os cuidados com a saúde e bem-estar dos animais de estimação são constantes. Para muitos tutores, a preocupação é ainda maior quando percebem que o animalzinho não está bem. Um dos problemas silenciosos e muito comuns são as doenças renais. De acordo com especialistas, um em cada três gatos e um a cada dez cachorros podem desenvolver algum problema renal ao longo da vida.
Sintomas de problemas renais
Os sinais de problemas renais nos pets são variados, mas os mais comuns são: consumo excessivo de água, emagrecimento, perda de apetite, hálito forte, urina mais clara que o normal, urina com sangue, diarreia e vômito. Em casos mais graves, além desses sinais, pode apresentar desidratação ou úlceras na boca.
“Assim como em seres humanos, os rins de cães e gatos têm, entre outras funções, a função de filtrar o sangue para eliminar substâncias nocivas ou dispensáveis ao organismo. E, para mantê-los saudáveis, é fundamental oferecer uma alimentação de qualidade e [manter] água potável sempre disponível”, esclarece Thais Matos, veterinária da DogHero (serviço de hospedagem e passeio para cães).
Cachorros e gatos que podem ter problemas nos rins
Algumas raças têm tendência a desenvolver problemas renais, geralmente durante a transição da fase adulta para a idosa. No caso dos cachorros, as principais raças são:
- Beagle;
- Cocker;
- Lhasa apso;
- Maltês;
- Pastor alemão;
- Poodle;
- Dachshund;
- Pinscher;
- Shih-Tzu;
- Schnauzer.
Entre os gatos, as raças mais propensas a terem problemas renais são:
- Abissínio;
- Angorá;
- Azul russo;
- Birmanês;
- Maine coon;
- Persa;
- Siamês.
Dicas para prevenir as doenças renais
A princípio, a genética é algo que, infelizmente, não está ao nosso alcance para interferir. Mas isso não impede que os tutores fiquem atentos aos cuidados de prevenção. “Oferecer água com frequência ao pet é mais que fundamental, afinal, a falta dela dificulta que os órgãos trabalhem corretamente”, completa Thais Matos.
A seguir, veja algumas dicas da veterinária para prevenir as doenças renais em cães e gatos:
1. Deixe sempre água limpa e fresca à disposição
Mesmo que o pet não aparente estar com sede, ofereça água e estimule a ingestão dela para evitar que ele fique doente. Os gatos dormem mais durante o período de baixas temperaturas e acabam por comer e beber menos. Portanto, para manter o peso e a hidratação dos felinos, os alimentos úmidos são as melhores opções.
2. Tenha mais de um pote em diferentes locais da casa
No outono e inverno, a ingestão de água fica comprometida, portanto, para melhor hidratação do pet, a recomendação é que o tutor espalhe vários potinhos de água fresca pelo ambiente. Uma ótima opção são fontes elétricas de água, que mantêm a água-oxigenada, através da circulação constante, estimulando a ingestão de água de cães e gatos.
3. Estimule a prática de atividades físicas
Os gatos são exímios caçadores de pequenos animais por natureza. Então, uma ótima maneira de satisfazer instintivamente um felino é utilizando brinquedos que aparentam ser realmente uma presa, por movimentos, sons e formato.
Outra sugestão para os felinos é a brincadeira de pegar a bolinha. Varetas com uma bolinha de guizo na ponta ou bolinhas sem pena, por exemplo, também são boas opções. Só se lembre de preferir as menores, para que na hora de brincar com gato, ele consiga mordê-las e carregá-las.
Caminhadas e exercícios de corrida são uma ótima opção para os cães. Se ele for um cachorro bem ativo, em pequenos trechos do passeio, o tutor pode correr ao lado dele, estimulando que o pet acompanhe seu ritmo. O tutor não deve esquecer de que o cãozinho deve sempre utilizar coleira e guia para esse tipo de atividade.
4. Ofereça uma ração de qualidade
A ração do pet é um alimento completo, ou seja, supre todas as necessidades nutricionais do animal. Além disso, é uma maneira mais fácil e prática de alimentar tanto o cão como o gato: após escolher a ração, basta oferecer a quantidade ideal para o animal diariamente.
A missão de escolher a ração do pet não precisa ser complicada. Para isso, uma dica é, antes de comprar o produto, considere as características do seu animal de estimação, como idade, nível de atividade física, condições de saúde (se é saudável ou se possui alguma doença crônica) e se é castrado ou não.
5. Leve os pets ao médico veterinário regularmente
Os tutores precisam ficar atentos para que os animais de estimação mantenham as consultas com o veterinário em dia.