A castração é recomendada para impedir que o cachorro faça xixi pela casa ou, até mesmo, marque território em diferentes espaços e objetos. Entretanto, esse procedimento também é importante a fim de evitar crias indesejadas e proteger o animal de estimação de doenças que podem colocar a saúde dele em risco.
“Além de controlar a população de cães e gatos, a castração evita doenças como tumores mamários e de ovários, doenças uterinas como a piometra, a hiperplasia prostática benigna e os tumores prostáticos. A castração também ajuda a evitar desequilíbrios hormonais em fêmeas e comportamento agressivo em machos”, explica o veterinário Marcio Waldman, fundador e CEO da PetLove.
Hábitos que continuam após a castração
Alguns costumes, como marcação de território, podem permanecer mesmo após a castração do animal, como o hábito de urinar com a perna levantada. “Se castrarmos um macho antes dos 6 meses de idade, ele ainda não terá adquirido o hábito de levantar a perninha para urinar e assim permanecerá”, completa a veterinária Ana Carolina Teixeira Ibelli.
Outro hábito que pode permanecer mesmo após o procedimento é o comportamento de montar, isto é, quando o animal parece simular um ato sexual, com movimentos pélvicos em almofadas, bichinhos de pelúcia, outros animais ou pernas de tutores. Isso acontece porque, de acordo com a veterinária, depois que o pet criou o hábito, vira uma questão comportamental, e não mais fisiológica. Porém, mesmo que o seu bichinho mantenha determinado costume, a castração ainda é recomendada.
Fêmeas com comportamento de montar
Por vezes, as cadelas também podem apresentar o comportamento de montar, mesmo sendo castradas. “Machos produzem hormônios femininos, em pequena quantidade, e fêmeas produzem hormônios masculinos, também em pequena quantidade. Provavelmente, as fêmeas castradas podem ter essa reação por ação hormonal”, afirma Ana Carolina Teixeira Ibelli.
Como é realizada a castração?
É comum algumas pessoas ficarem com dó de castrar o animal de estimação, por acreditarem que eles vão sofrer. Contudo, a cirurgia costuma ser rápida e simples. “A castração só traz benefícios para o animal. É feita com o animal sob anestesia geral inalatória. Em fêmeas, fazemos um pequeno corte no abdômen. Em machos, é feito um corte pequeno na base do pênis”, assegura a veterinária. Ainda segundo Ana Carolina Teixeira Ibelli, esse tipo de procedimento não é demorado. “Em machos, a cirurgia demora em média 10 minutos, e nas fêmeas, 30 minutos”, afirma a profissional.
Castrar o pet é um ato de amor
Alguns tutores acreditam que a castração pode impactar negativamente o comportamento do animal, como deixá-lo triste. Porém, isso é um mito. “Os animais não precisam ter libido sexual como os humanos, e o excesso de hormônios pode acarretar diversas doenças, como infecção de útero, tumores de mama, problemas dermatológicos”, alerta Ana Carolina Teixeira Ibelli.