7 livros sobre autismo para pessoas com TEA
O universo autista ainda é cercado por mitos que impedem o pleno desenvolvimento de crianças e adolescentes. As particularidades do público neurodivergente fazem com que pais, professores e outros profissionais encontrem algumas dificuldades com relação ao comportamento, à comunicação e à educação de autistas.
Em alusão ao Abril Azul, confira uma curadoria de obras assinadas por especialistas que ajudam a entender e a estimular a aprendizagem dos portadores de TEA – Transtorno do Espectro Autista, especialmente as crianças.
Além de pesquisas voltadas à compreensão do autismo e ao modelo de educação inclusiva ideal, essa seleção inclui um livro interativo e um guia para pais de crianças neurodivergentes. Confira abaixo!
1. Humano à sua maneira
Escrito pelo médico Barry Prizant em colaboração com Tom Fields-Meyer, esta obra redefine a abordagem do autismo. Prizant argumenta que o autismo não é um distúrbio a ser corrigido, mas uma maneira única de experimentar o mundo.
Em vez de focar em suprimir os sintomas, ele defende a compreensão das causas emocionais por trás do comportamento autista. “Humano à sua maneira” desafia conceitos tradicionais e oferece uma perspectiva compassiva e inclusiva sobre o autismo.
2. Além do autismo: dicas de uma mãe atípica em busca do equilíbrio
Este é o resultado de uma jornada sincera na criação de uma criança com Transtorno do Espectro Autista. Ao compartilhar experiências e lições valiosas, Andreia Silva oferece orientações práticas e insights profundos para todos os pais e os responsáveis que enfrentam os desafios únicos que o TEA pode apresentar. A autora enfatiza a necessidade de equilíbrio, disciplina e celebração das conquistas, não apenas dos filhos, mas também dos pais.
3. Crítica à Pseudociência em Educação Especial
Em tese, a alocação de crianças e adolescentes neurodivergentes ou com alguma deficiência no ensino regular é essencial para a promoção dos ideais de inclusão social. Na prática, a precariedade das escolas brasileiras favorece uma lacuna de aprendizagem e limita os avanços desses alunos. Esta é a reflexão proposta pelo Dr. Lucelmo Lacerda, pesquisador e ativista pelos direitos das pessoas com deficiência. Também é autista e pai de criança autista.
4. Estímulos para autistas: 40 atividades para crianças e adolescentes
Criado por Antonietta Lacativa e Marjorie Bert, este livro-caixinha foi desenvolvido para ajudar o público autista, pensado para as neurodiversidades que dificultam a organização de pensamentos, sentimentos e emoções e que geram prejuízo nas atividades diárias, interações sociais, na comunicação e no aprendizado. Nele estão 40 cartas, cada uma com uma dinâmica e direcionada, com o objetivo de estimular as percepções sensoriais visuais, auditivas, táteis, gustativas, cinestésicas e motoras.
5. O Patrulheiro Literário
Em “O Patrulheiro Literário”, Arquimedes, um bibliotecário autista, é recrutado para desvendar mistérios em uma cidade onde ícones da literatura ganham novas vidas. Enquanto enfrenta desafios e interage com figuras como Shakespeare e Conan Doyle, ele encontra conforto na música e busca se adaptar ao mundo ao seu redor. Pai de dois filhos com TEA, Vinícius Lima Costa sensibiliza os leitores para o tema por meio da ficção.
6. Autismo Sem Máscara
O psicólogo Devon Price mergulha nas complexidades do mascaramento do autismo. De acordo com o especialista, muitos autistas escondem suas características para se adequarem às expectativas sociais e sacrificam a saúde mental no processo.
Por meio da própria jornada pessoal, o autor se apoia em pesquisas sociais e destaca como esse fenômeno é amplamente desconhecido. Enquanto geralmente se identifica o autismo “típico” na infância, muitos autistas “mascarados” lutam por décadas, frequentemente marginalizados em termos de raça, gênero, orientação sexual e classe.
7. Dá licença, sou autista
“Dá licença, sou autista”, de Vanda Pinheiro, trata das dificuldades que o aluno com TEA enfrenta no contexto escolar e mostra que, com algumas estratégias, adaptações e muito amor, é possível alcançar o aprendizado, proporcionando a inclusão.
Por Luiza M. Pereira