A campanha do Outubro Rosa, reconhecida em todo o mundo, tem desempenhado um papel vital na conscientização sobre o câncer de mama. No entanto, em um cenário em que a desinformação ainda permeia a internet, as mulheres muitas vezes se deparam com dúvidas e preocupações sobre o assunto, bem como com fake news.
Pensando nisso, a Dra. Anna Dias Salvador, especializada em Ginecologia e Obstetrícia, mastologista e coordenadora do serviço de Mastologia da Rede Mater Dei de Saúde e embaixadora da Inspirali, ecossistema de educação médica do Brasil, revela alguns dos principais mitos e verdades sobre a doença. Confira!
1. O câncer de mama é hereditário?
Pode ser. Cerca de 5 a 10% dos casos estão relacionados a mutações genéticas hereditárias, como BRCA1 e BRCA2.
2. Estilo de vida saudável ajuda a evitar a doença?
Verdade. Adotar uma dieta equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente, evitar o consumo de álcool e não fumar podem reduzir o risco de desenvolver câncer de mama.
3. Mulheres acima de 40 anos têm mais propensão em contrair a doença?
Verdade. O risco aumenta com a idade, sendo mais comum após os 50 anos.
4. Mulheres com prótese de silicone têm mais propensão a contrair a doença?
Mito. As próteses de silicone não aumentam o risco de câncer de mama.
5. Mulheres com prótese de silicone não podem fazer mamografia?
Mito. Mulheres com prótese de silicone também podem realizar a mamografia, mas podem ser necessários cuidados adicionais para melhor visualização do tecido mamário.
6. Mulheres que nunca amamentaram têm mais propensão em obter a doença?
Verdade. A amamentação pode reduzir o risco de câncer de mama, mas não amamentar não significa que necessariamente se desenvolverá a doença.
7. Câncer de mama pode ser causado por algum tipo de trauma no seio (batida)?
Mito. O câncer de mama não é causado por trauma no seio.
8. Câncer de mama tem cura?
Verdade. O câncer de mama pode ser tratado e, quanto mais cedo for diagnosticado, maiores são as chances de cura.
9. Dores recorrentes nos seios é sinal de câncer de mama?
Mito. A dor nos seios não é um sintoma frequente de câncer de mama, porém é fundamental procurar um médico se houver qualquer alteração ou preocupação.
10. Nódulos nos seios podem virar um tumor?
Nem sempre. Nem todos os nódulos mamários são cancerígenos. Muitas vezes, os nódulos são benignos, mas é importante serem avaliados por um médico.
11. Anticoncepcionais podem desencadear a doença?
Verdade. O uso de anticoncepcionais orais pode aumentar ligeiramente o risco de câncer de mama, mas esse risco é pequeno e desaparece após parar o uso.
12. Mulheres na menopausa não correm risco de ter câncer de mama?
Mito. Embora o risco seja maior para mulheres mais jovens, mulheres na menopausa ainda podem desenvolver câncer de mama.
13. Reposição hormonal é fator de risco para a doença?
Verdade. A terapia de reposição hormonal, especialmente com estrogênio e progesterona combinados, pode aumentar o risco de câncer de mama.
14. Mulheres com mais de 40 anos precisam realizar a mamografia anualmente?
Verdade. Geralmente é recomendado começar a fazer mamografia de rastreamento entre os 40 e 50 anos.
15. Quem tem histórico familiar tem 90% de chances de contrair a doença?
Mito. Ter um histórico familiar de câncer de mama aumenta o risco, mas não significa que a pessoa definitivamente terá a doença. A porcentagem de risco depende de vários fatores, incluindo a presença de mutações genéticas.
16. Quem tem histórico familiar precisa realizar a mastectomia preventiva?
Nem sempre. A decisão de realizar a mastectomia preventiva é pessoal e deve ser discutida com um médico especializado em câncer de mama.
17. Desodorante aerossol pode causar câncer de mama?
Mito. Não existe evidência científica que relacione o uso de desodorante aerossol ao câncer de mama.
18. Quanto mais cedo o câncer for descoberto e tratado, maiores são as chances de cura?
Verdade. O diagnóstico e o tratamento precoces aumentam as chances de cura e possibilitam opções de tratamento menos invasivas.
19. Existem vários graus de câncer de mama?
Verdade. O câncer de mama pode ser classificado em diferentes graus, que indicam a agressividade e o crescimento das células cancerígenas.
Por Juliana Antunes