Durante a gestação, a mulher é exposta a hormônios como a ocitocina e a prolactina, que desencadeiam o amor e o instinto protetor materno. Esses neurotransmissores também contribuem para a produção de leite e contrações musculares uterinas durante o parto. Portanto, é evidente que a ligação entre mãe e filho não é apenas física, mas também hormonal.
Amor do pai pelo filho
O neurocirurgião do Hospital das Clínicas de São Paulo, Dr. Fernando Gomes, esclarece que, para o homem, o vínculo com a sua cria é basicamente mental. “O pai se identifica com o filho quando percebe que conseguiu transmitir a sua carga genética adiante.”
Mas, engana-se quem pensa que não existe amor – no quesito hormonal – do pai para o filho. “Quando o homem se apaixona, é comum que também libere doses homeopáticas de ocitocina, porém não se compara com o nível da mulher”, diz o especialista.
Diferença entre instintos de pai e de mãe
O amor do pai pode ser menos físico, porém, é tão intenso quanto o da mãe. O homem possui sentidos mais racionais, e isso o faz supor que sua função é ficar na guarda da família, mantendo-a protegida. Assim, enquanto o instinto maternal está, sobretudo, em alimentar, proteger e agasalhar, o paternal está em resguardar e perpetuar sua carga genética.
Valores aproximam pais e filhos
Reconhecer-se no filho é o que todo pai almeja. Perceber que os seus jeitos podem ser perpetuados para a eternidade faz com que ele sinta uma aproximação muito grande com o pequeno, além de fazer com que se sinta capaz de realizá-lo. “Além disso, os valores também são importantes para o pai. Vê-los no filho causa uma sensação de dever cumprido”, finaliza Dr. Fernando.
Por Mayra Barreto Cinel