O burnout é um estado de exaustão física, emocional e mental resultante do estresse crônico no trabalho. É caracterizado por uma sensação persistente de esgotamento, cinismo e baixa realização pessoal. Essa condição pode ter sérios prejuízos para a saúde, tanto física quanto mental.
Pensando nisso, a psiquiatra Dra. Jéssica Martani, especialista em comportamento humano e saúde mental, fala sobre os sinais que o corpo pode apresentar quando a mente está à beira de uma grande exaustão e pode chegar ao burnout.
1. Cansaço extremo
Acontece quando a pessoa se sente quase 100% do tempo cansada, mesmo que nos horários em que não esteja trabalhando.
2. Alteração de foco e concentração
Mesmo nas tarefas mais simples de serem executadas, que até então eram feitas de maneira tranquila, a concentração não aparece e a pessoa sente que não consegue manter o foco.
3. Sensação de incapacidade
Aquela sensação de que não vai conseguir cumprir as tarefas e os prazos e se atrapalha na hora de compreender suas prioridades.
4. O cansaço se estende para o lazer
Quando, até no lazer, aquelas coisas de que a pessoa mais gostava de fazer não oferecem mais prazer. A vontade se limita apenas a dormir ou a não fazer absolutamente nada.
5. Sono
O excesso de sono ou a insônia são também sinais de exaustão e burnout do trabalho. Pessoas que não dormem mais a mesma quantidade precisam prestar atenção nas noites de sono, que podem não ser mais reparadoras.
6. Irritação
Irritação com colegas de trabalho, com chefe, em casa e até com amigos são sinais de que a exaustão mental passou dos limites do trabalho e está afetando a vida pessoal.
7. Dores físicas
Quando a cabeça não para, o corpo emite sinais. Alguns dos mais prováveis são dores físicas na região da coluna cervical, como ombros, pescoço ou costas como um todo.
8. Dores de cabeça constantes
Aquelas dores de cabeça diárias, que antes poderiam ser apenas no final de um dia exaustivo, aparecem desde a hora em que a pessoa acorda, por exemplo, e ainda são frequentes.
9. Hiperatividade
É quando, mesmo em locais que antes traziam paz, a pessoa ainda continua agitada pela inércia de tanto trabalhar e sente que precisaria estar fazendo algo naquele momento e não relaxa.
Procurando ajuda médica
Para entender os limites entre o cansaço comum e o burnout, a Dra. Jéssica dá um exemplo bem prático. “Quando, mesmo depois de um fim de semana de descanso, o trabalhador continua se sentindo cansado e não revigora as energias, é sinal de que o burnout pode estar batendo à porta”, explica.
No entanto, esse problema tem tratamento. “Nestes casos, muitas vezes é necessário se ausentar das tarefas por determinado período e buscar ajuda profissional para tratar da maneira adequada, já que o burnout pode se estender para depressão, crises de ansiedade e síndrome do pânico”, acrescenta a especialista.
Por Mayra Barreto Cinel