Veja os benefícios da cúrcuma no tratamento da endometriose
A cúrcuma tem apresentado bons resultados no tratamento de doenças inflamatórias. Amplamente utilizada na medicina tradicional, essa especiaria milenar vem sendo estudada especialmente por seus potenciais benefícios no alívio dos sintomas de doenças como a endometriose, uma condição crônica que afeta o bem-estar de muitas mulheres.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 176 milhões de mulheres em todo o mundo são afetadas pela doença, sendo mais de 7 milhões somente no Brasil. Entre os sintomas comuns do problema estão dor pélvica severa, alterações menstruais e, em alguns casos, dificuldades para engravidar.
Benefícios da cúrcuma contra a endometriose
Explorar alternativas naturais, como o uso da cúrcuma, pode oferecer novos caminhos para melhorar a qualidade de vida das pacientes. Também conhecida como açafrão-da-terra, a raiz tem como principal componente ativo a curcumina. Seu consumo regular pode inibir a proliferação do tecido endometrial fora do útero, um dos principais fatores da progressão da endometriose, reduzindo as dores crônicas e os sintomas associados.
“Pesquisas científicas indicam que a curcumina tem a capacidade de reduzir a produção de prostaglandinas e outras substâncias inflamatórias que contribuem para a dor e o desconforto na endometriose. Ela ainda pode ajudar a modular o sistema imunológico, minimizando a resposta inflamatória excessiva que agrava os sintomas”, afirma o Dr. Patrick Bellelis, especialista em endometriose e colaborador do setor no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.
Como consumir a cúrcuma?
O Dr. Patrick explica que a cúrcuma pode ser incorporada à dieta de diversas formas: como tempero em preparações culinárias, em chás ou até mesmo em forma de suplemento alimentar. Mas é importante lembrar que o uso deve ser sempre orientado por um profissional de saúde, especialmente para mulheres com endometriose que já fazem uso de medicamentos.
“O acompanhamento profissional garante o melhor ajuste de tratamentos e evita possíveis interações medicamentosas indesejadas. Como toda terapia, sua adoção deve ser realizada de forma responsável e sempre com orientação médica especializada”, alerta o médico.
Por Daniela Albuquerque