7 dicas para aproveitar a praia sem colocar a saúde em risco

7 dicas para aproveitar a praia sem colocar a saúde em risco
Hábitos saudáveis evitam problemas de saúde durante os dias de calor (Imagem: Dean Drobot | Shutterstock)

A praia é indiscutivelmente um dos destinos mais adorados para aproveitar o calor do verão, oferecendo uma combinação irresistível de sol, areia e mar. No entanto, é vital lembrar que, ao desfrutar desse ambiente ensolarado, alguns cuidados são cruciais para preservar a saúde. Por isso, a seguir, confira algumas dicas de médicos para aproveitar esta época do ano de maneira segura!

1. Hidrate o corpo

A hidratação do organismo é um dos cuidados mais importantes para aproveitar um dia na praia sem complicações. “A combinação de calor, sudorese e esforço físico favorece a desidratação, que acontece quando a quantidade de água perdida pelo organismo é maior do que a ingerida. E as consequências para a saúde podem ser graves”, alerta a nutróloga Dra. Marcella Garcez, que explica que os primeiros sintomas da desidratação incluem:

  • Sede;
  • Boca seca;
  • Redução da sudorese, da elasticidade da pele e da produção de urina.

Assim, para a hidratação, a água é insubstituível. “Porém, alguns outros alimentos podem ser utilizados como aliados na hidratação do organismo, principalmente bebidas, frutas, legumes e verduras com mais de 90% de água em sua composição. Em contrapartida, evite o consumo de álcool, pois, por estimular a diurese, também favorece a desidratação, principalmente quando combinado à exposição solar”, aconselha a médica.

2. Preste atenção na alimentação

Na praia, atente-se à qualidade dos alimentos para prevenir uma intoxicação alimentar. “Alimentos de composição e procedência desconhecidas, preparados fora das normas básicas de higiene e mal embalados ou acondicionados, possuem risco de contaminação, principalmente na praia, já que as altas temperaturas favorecem as contaminações. Então, todo o cuidado é bem-vindo. Na dúvida, o melhor é optar por alimentos industrializados, embalados, dentro da validade e bem armazenados”, diz a Dra. Marcella Garcez.

3. Cuide da pele

A hidratação da pele também é indispensável, pois, na praia, ficamos mais expostos a fatores climáticos como o vento, o sol e o calor que podem favorecer o ressecamento. O ideal é apostar em produtos formulados com ativos que reestabeleçam as defesas naturais do tecido cutâneo e que possuam ação calmante e um sistema antioxidante avançado. A Dra. Paola Pomerantzeff recomenda, por exemplo, a Vitamina E, que tem ação antioxidante, imunoprotetora e hidratante, além de possuir efeito calmante e suavizante.

“Mas, em caso de queimaduras, atente-se aos hidratantes intitulados pós-sol, pois alguns possuem uma consistência espessa e oleosa que cria uma barreira emoliente no topo da pele, aprisionando o calor na camada superior da epiderme e exacerbando a inflamação e a sensação de queimadura”, diz a dermatologista.

4. Faça esfoliação

Caso sua pele não esteja excessivamente sensibilizada devido ao sol, é interessante realizar uma esfoliação antes da hidratação para recuperar o brilho e o viço perdidos devido à radiação UV. “A esfoliação ajuda a remover as células mortas e impurezas da pele, acelerando a renovação celular e suavizando a superfície do tecido cutâneo, além de aumentar a eficácia dos cosméticos aplicados em seguida”, explica a médica Dra. Lilian Brasileiro, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

“Porém, é importante ter cuidado ao utilizar o esfoliante, evitando aplicá-lo com muita força para não irritar a pele, o que pode causar vermelhidão, sensibilidade e até piorar manchas, além de promover um efeito rebote na oleosidade”, aconselha.

Mulher usando chapéu com dois riscos de protetor no rosto em uma praia
Protetor solar deve ser reaplicado a cada duas horas para proteger a pele (Imagem: SNeG17 | Shutterstock)

5. Utilize protetor solar

Na praia, a fotoproteção da pele é indispensável para evitar que a radiação ultravioleta cause danos celulares responsáveis pelo fotoenvelhecimento precoce e maior risco de câncer de pele.  “Um protetor solar adequado deve oferecer amplo espectro de proteção solar, com, no mínimo, FPS 30 e um terço desse valor de PPD ou FP-UVA, que indicam o fator de proteção solar contra a radiação UVB e UVA, respectivamente. O produto deve ser aplicado diariamente com reaplicação a cada duas horas, em média”, explica a dermatologista Dra. Ana Maria Pellegrini, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Para uma proteção eficaz, a quantidade de produto aplicada também é importante, devendo seguir a regra da colher: “Uma colher de chá para a cabeça, meia colher de café para a face, uma colher de chá para cada braço, duas colheres de chá para o torso (1 para a frente e 1 para as costas) e duas colheres de chá para cada perna (1 para a parte da frente e 1 para a parte de trás)”, detalha a especialista.

6. Cuide dos cabelos

A radiação solar também favorece a degradação das proteínas que compõem os fios, tornando-os mais fracos e quebradiços. “Além disso, também pode levar a queimaduras no couro cabeludo, causando um processo inflamatório que favorece a queda capilar e o surgimento de câncer de pele na região”, explica o Dr. Danilo S. Talarico, médico pós-graduado em Dermatologia Clínico-Cirúrgica.

Outro dano importante para os cabelos é causado pelo sal da água do mar, que prejudica a cutícula e diminui a quantidade de proteínas na fibra capilar, favorecendo o ressecamento e a quebra. “Para evitar esses danos, é importante fazer uso de fotoprotetores específicos para os fios. Além disso, molhe os cabelos antes de mergulhar, assim já estarão saturados e absorverão uma menor quantidade de sal; e volte para baixo do chuveiro ao sair da água para retirar qualquer resíduo de areia, cloro ou sal dos fios”, aconselha o médico.

7. Verifique o termômetro

 Ir à praia em dias muito quentes pode ser um problema para pessoas que sofrem com certas condições de saúde, como varizes. “O calor favorece a vasodilatação sanguínea e, consequentemente, o inchaço das pernas, que, se não for controlado e permanecer por longos períodos, pode piorar as varizes em pessoas que já sofrem com o problema”, alerta a Dra. Aline Lamaita. 

A vasodilatação gerada pelo calor também é um problema para quem sofre com rosácea. “A rosácea é uma doença inflamatória e crônica caracterizada pelo aumento do número de vasinhos na pele, gerando vermelhidão. Logo, quem sofre com o problema deve evitar a exposição ao sol e ao calor, que pode piorar severamente o quadro de vermelhidão”, completa a Dra. Paola Pomerantzeff. Nesses casos, o ideal é evitar ir à praia nos horários mais quentes do dia e, se for, permanecer na sombra e locais mais frescos.

Por Maria Claudia Amoroso

Redação EdiCase

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