O relatório Global Coworking Growth Study, realizado pelo portal Coworker junto da consultoria Coworking Resources, prevê que até este ano existam 40 mil espaços de coworking no mundo. Só no estado de São Paulo, a ocupação de coworkings está atualmente entre 85% e 90%, como mostra o levantamento da consultoria imobiliária SiiLA.
Segundo Daniel Moral, CEO e cofundador da Eureka Coworking, rede global de escritórios compartilhados, essas estruturas são mais do que escritórios compartilhados, promovendo diversas vantagens para as empresas. “Estamos falando em verdadeiras incubadoras de inovação e colaboração, que estimulam a criatividade e a troca de ideias”, diz.
Para ajudar as companhias a entenderem como esses espaços podem impactar positivamente a cultura corporativa e as estratégias de desenvolvimento empresarial, o executivo elenca os 6 maiores benefícios de aderir ao formato. Confira!
1. Redução de custos e otimização de recursos
Utilizar um ambiente corporativo compartilhado pode ser mais econômico do que alugar um escritório tradicional. Profissionais que trabalham em espaços de coworking economizam em média cerca de 22% em custos operacionais, como mostra um estudo da Deskmag. Recursos como salas de reunião e equipamentos necessários para realizar as atividades diárias ajudam a diminuir os custos operacionais da empresa, além de contribuir para que o impacto ambiental seja minimizado.
2. Flexibilidade e adaptabilidade
Os coworkings também oferecem diversas opções de usabilidade, especialmente no que se relaciona ao espaço e horários. Dessa forma, empresas de vários segmentos podem se adaptar rapidamente às mudanças ligadas às necessidades da equipe e projetos. “A agilidade é essencial em um mercado dinâmico e competitivo, então as organizações precisam de escritórios que não travem os seus processos”, pontua o especialista.
3. Promoção do bem-estar dos colaboradores
Outra preocupação dos coworkings é a oferta de espaços que vão além de salas de reuniões e computadores. Ambientes de relaxamento, áreas verdes e programas de bem-estar são iniciativas muito encontradas neste negócio, que visa promover o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Sobre esse aspecto, Daniel Moral ressalta: “É um segmento que tem como finalidade contribuir para o mercado, mas isso só acontece quando uma rotina de trabalho saudável e satisfatória é estimulada.”
4. Estímulo à criatividade e inovação
Um relatório da consultoria JLL mostra que as empresas brasileiras adotam mais o modelo híbrido de trabalho se comparadas ao restante do mundo. Segundo a pesquisa, 86% das companhias no país utilizam o formato, contra 54% na Europa, Oriente Médio e África; 44% na Ásia-Pacífico; e 41% na América do Norte.
Para o executivo, o dado ressalta que vivemos em um mundo extremamente conectado e digital, por isso os coworkings podem ser uma alternativa para os profissionais saírem de possíveis zonas de conforto. “É um local que reúne pessoas de diferentes áreas, que compartilham experiências e conhecimentos. Esse ambiente diversificado estimula a criatividade, permitindo que as organizações desenvolvam soluções originais para os desafios do mercado”, afirma.
5. Networking e desenvolvimento profissional
A crescente valorização dos coworkings está ligada a um dos seus principais pilares: a geração de comunidade e conexões entre profissionais. Muito disso se deve a oportunidades únicas de crescimento de carreira que são criadas nesses locais, como eventos, workshops e palestras.
“Os profissionais podem percorrer diferentes caminhos para ampliar sua rede de contatos e adquirir novas habilidades. Não à toa, vemos muitas parcerias e projetos que beneficiam todas as partes envolvidas surgindo nesses ambientes”, explica o CEO.
6. Melhora da cultura organizacional
Normalmente, os coworkings são estruturados com base em valores e princípios de colaboração, inovação e diversidade. Daniel Moral enfatiza que essas características podem influenciar positivamente a cultura organizacional das empresas. “A integração formada nesse espaço é embasada por propósitos reais, portanto, trata-se de uma chance única de fortalecer a identidade da marca”, conclui.
Por Luani Soares