Capitólio: conheça o destino mineiro que é repleto de atrações naturais

Capitólio: conheça o destino mineiro que é repleto de atrações naturais
Capitólio, Minas Gerais (Imagem: Shutterstock)

Na Serra da Canastra, Capitólio é uma das 34 cidades banhadas pelo Lago de Furnas, também conhecido como o mar de Minas. Além dos famosos cânions, o destino surpreende por ter mais de 30 atrativos, entre cachoeiras, trilhas, parques ecológicos, rios de águas cristalinas e muito mais.

Além dos cânions, é um destino de ecoturismo e aventura, com cachoeiras incríveis e visuais deslumbrantes. Ainda vão te receber com aquele jeitinho mineiro de ser, que faz com que você se sinta em casa na hora. Por isso, prepare as malas, pois chegou o momento de redescobrir o melhor de Capitólio.

Canela de Ema

Nomeado em homenagem a um arbusto típico do cerrado, esse complexo de ecoturismo tem cachoeiras, rios e piscinas naturais. Comece seu passeio pela Trilha Verde, que é um aquatrekking – ou seja, você vai caminhar por dentro do curso d’água. É mais indicado fazer esse passeio na parte da manhã, por causa da posição do sol. A trilha tem cerca de 600 metros e para percorrê-la leva em torno de 30 minutos – ou mais, porque você com certeza vai querer parar para tirar fotos a todo o instante.

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O cenário é deslumbrante: paredões rochosos e a vegetação do cerrado cercam o rio, que é absurdamente cristalino. Os raios de sol refletidos nas pedras que cobrem o leito do rio fazem o curso d’água ganhar tons esverdeados e dourados. Em alguns trechos, a água cobre apenas os pés. Em outros, pode chegar um pouco acima dos joelhos.

Cachoeira da Capivara

A Cachoeira da Capivara é um complexo ecológico com mais de 40 piscinas naturais e duas cachoeiras principais. O passeio começa com uma curta trilha que leva à Cachoeira da Pedra Ancorada. Ali, a paisagem já dá o tom do que você vai encontrar ao longo do percurso completo. Um rio amplo e bem rasinho que se espalha por entre piscinas naturais de vários tamanhos, formadas entre as pedras que cobrem todo o local. Algumas dessas piscinas têm pequenas quedas d’água e são verdadeiros ofurôs naturais.

Há placas indicativas para auxiliar durante o percurso, e instrutores ficam posicionados em alguns pontos. Mas é só caminhar junto ao curso do rio por cerca de 900 metros. Todo o terreno por ali é coberto pela pedra São Tomé, um quartzito claro, típico da região – o mesmo tipo de rocha encontrada na Canela de Ema e nos Cânions de Capitólio. A trilha é leve, porém, como as pedras formam degraus naturais, não é indicada para quem tem dificuldades de locomoção.

Uma escada íngreme leva até a parte alta da cachoeira, onde está o Mirante da Capivara, quedas d’água e, é claro, mais piscinas naturais. A mais famosa é chamada de Piscina dos Desejos e é um dos cenários mais instagramáveis da Cachoeira da Capivara. O visual lá de cima faz valer a subida.

O ingresso para todo esse passeio custa R$ 45 por pessoa. Não é necessário fazer reserva, porém se comprar antecipado pelo site tem desconto. O complexo conta ainda com passeio de quadriciclo e canionismo (rapel de cachoeira) em quatro quedas d’água – estas opções são pagas à parte.

Parque Mirante dos Canyons

Focado na contemplação, esse parque fica em volta dos Cânions de Capitólio, na parte superior, e foi pensado para aproveitar ao máximo essa paisagem privilegiada e única. Ele conta com vários atrativos, incluindo o cartão-postal do destino: o Mirante dos Cânions, ponto a partir do qual é possível ver toda a extensão dos cânions de frente, com suas águas esverdeadas que se conectam ao Lago de Furnas. Tirar uma foto ali é praticamente obrigatório.

Para chegar ao mirante, há uma trilha tranquila de 500 metros em meio à vegetação do cerrado que atravessa uma ponte pênsil – outro ponto bem instagramável. Junto ao mirante tem uma lanchonete, que vende lanches, petiscos, sorvetes e cafés. O Parque Mirante dos Canyons oferece principalmente atrações “secas”, mas, para quem quer se refrescar, também há algumas piscinas naturais com águas cristalinas. A entrada no parque custa R$ 50 por pessoa. Algumas atrações são pagas à parte, como a tirolesa (R$ 80). Compras antecipadas pela internet têm desconto.

Passeio náutico no Lago de Furnas

Vista de cima do Lago de Furnas, em Capitólio, Minas Gerais
Lago de Furnas, Capitólio (Imagem: Shutterstock)

Esse é o palco da atração mais famosa de Capitólio: o passeio de lancha. Os principais pontos de saída das lanchas, todos em Capitólio, são: Pequena Capitólio, Ponte do Turvo, Marina de Escarpas e Portinho Escarpas. No verão e em feriados, quando a procura é alta, vale agendar o passeio antes. Se não, pode fechar na hora mesmo.

O roteiro atravessa diversos municípios e são feitas várias paradas pelo caminho. A mais aguardada é a dos Cânions de Capitólio. É um braço mais estreito do lago, cercado por altos paredões escarpados, entre os quais o barco desliza tranquilo. A água ali ganha um belo tom esverdeado, e há uma cachoeira no fundo para complementar essa paisagem deslumbrante.

O passeio continua por outros cenários no Lago de Furnas, como cachoeiras escondidas, escarpas enormes e até a barragem da usina hidrelétrica. Um dos mais bonitos é a Lagoa Azul, que tem uma cachoeira que deságua em uma piscina natural rasinha, com águas de coloração azul turquesa. 

Gastronomia

Além dos cenários naturais, Capitólio surpreende pela gastronomia. É o encontro da típica culinária mineira, aquela que traz um aconchego para o corpo e a alma, com os deliciosos ingredientes da região, como o queijo canastra. Já que estamos às margens do mar de Minas, os peixes de água doce, como a tilápia e a traíra, são as estrelas de muitos pratos.

Mais passeios por Capitólio

Além dos lugares já citados, podemos incluir ainda o Sossegada Complexo Turístico, que conta com cachoeiras e tirolesa, e o Parque Ecológico Trilha do Sol. Há ainda passeios de 4×4 por trilhas da Serra da Canastra e outros cenários incríveis da região, passeios de balão e até asa-delta.

Vale conhecer também o Morro do Chapéu, o ponto mais alto de Capitólio, com vista panorâmica para o Lago de Furnas. E, no centro da cidade, na orla da praia artificial, não deixe de tirar aquela foto clássica no letreiro de Capitólio.

Dicas para planejar sua viagem

Para se deslocar pela cidade, o ideal é ter um carro próprio ou alugado, já que as atrações ficam um pouco afastadas umas das outras. As vias principais são asfaltadas, mas ainda há algumas estradinhas de terra, principalmente as que dão acesso às cachoeiras.

Use sempre roupas leves e confortáveis. Nos passeios “molhados”, vale ter sapatilhas aquáticas e já vá com a roupa de banho por baixo. Na mochila, tenha sempre à mão uma garrafinha de água, toalha e uma troca de roupas secas. Não esqueça o protetor solar, um boné e o repelente.

Os valores dos passeios são muito acessíveis em Capitólio, assim como hospedagem e refeições. Não é necessário adquirir os ingressos com antecedência, exceto na alta temporada. Porém, muitos atrativos oferecem desconto para compras antecipadas.

Melhor época para visitar

Capitólio é um destino que pode ser visitado em qualquer época do ano. O verão é a estação certa para quem quer mais badalação. Mas se a ideia é visitar os atrativos de uma forma mais tranquila, tendo os cenários naturais só para você, vá entre maio e junho ou em agosto. No inverno, as águas ficam mais cristalinas, há pouca chance de chuva e o céu noturno é superestrelado. Os dias ainda continuam ensolarados e quentes, e um leve frio só vem à noite.

Como chegar

A MG-050 é a principal rodovia que leva a Capitólio e onde está grande parte das atrações. A partir de São Paulo, é mais indicado fazer a viagem de carro mesmo, em uma viagem que dura entre 5h e 6h, passando por Campinas e Mogi Guaçu. De Belo Horizonte, o trajeto é ainda mais curto. O aeroporto mais próximo de Capitólio é o de Ribeirão Preto (a 238 km).

Outras boas opções são os aeroportos de Confins (317 km), em Belo Horizonte, e de Viracopos (374 km), em Campinas. De ônibus, a rota mais comum é a partir de Belo Horizonte (trecho operado pela Expresso Gardênia), com frequência média de três ônibus por dia.

Parte do texto originalmente publicado na revista Qual Viagem (Edição 102)

Por Patrícia Chemin

Redação EdiCase

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