As crises de ansiedade, ou transtorno de ansiedade, estão presentes no cotidiano de diversas pessoas. Geralmente são relacionadas às expectativas e preocupações em situações desafiadoras e desconhecidas. Embora a ansiedade seja uma reação natural do corpo, é preciso entender quando ela se torna patológica e, assim, identificar os sinais. Por isso, a psiquiatra Flávia Schueler explica quais são os sintomas da doença e como controlar as crises. Confira!
Sintomas da crise de ansiedade
Os transtornos de ansiedade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são doenças relacionadas ao funcionamento do corpo e experiências de vida. Caracterizadas pelo momento de pico dos sintomas, as crises de ansiedade podem se manifestar de repente, sem nenhuma razão aparente.
Os sintomas das crises de ansiedade podem ser difíceis de identificar, uma vez que as manifestações físicas também são frequentemente confundidas com os sintomas de infarto, principalmente por quem nunca passou pela crise antes, como explica Flávia Schueler.
“Muitas vezes o paciente ou seus familiares próximos não percebem logo de cara que se trata de uma crise de ansiedade […] Por isso, a avaliação de um profissional é indispensável para o diagnóstico correto e indicação de tratamento de acordo”, explica a médica.
Segundo a psiquiatra, os sintomas da crise de ansiedade podem variar de pessoa para pessoa, assim como a duração. Entre os sintomas mais comuns estão:
- Dor no peito;
- Coração acelerado;
- Falta de ar;
- Tremores;
- Tensão muscular;
- Tontura;
- Enjoo;
- Suor intenso;
- Medo de morrer;
- Sensação de desmaios.
Causas das crises de ansiedade
Conforme explica a psiquiatra, não existe uma única causa para as crises de ansiedade. “As crises ansiosas podem ser desencadeadas por estresse intenso, dor crônica, privação de sono, situações de abusos emocionais e físicos, além de excesso de trabalho, como na síndrome de burnout”, exemplifica.
Além dos motivos citados, a especialista também cita o transtorno do pânico. “Suas crises, também chamadas de ataque de pânico, são espontâneas e podem ter correlação com excitação, esforço físico ou trauma emocional. Elas têm a duração de no máximo 10 minutos, com sintomas crescentes de medo extremo e sensação de morte, associados aos sintomas físicos de taquicardia, palpitações, sudorese e dispneia”, diz Flávia Schueler.
Tratamento para a ansiedade
De acordo com a psiquiatra Flávia Schueler, buscar o tratamento adequado com um profissional especializado é essencial. “Os transtornos de ansiedade antecedem a depressão, maior em 65% dos casos. Outras comorbidades também estão envolvidas em pacientes com transtorno de ansiedade, como abuso de álcool e substâncias, agorafobia e outras”, explica.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) existem três tipos de tratamentos para os transtornos de ansiedade, são eles:
- Medicamentos (sempre com o acompanhamento de um médico);
- Psicoterapia com um psicólogo ou psiquiatra;
- Combinação entre os dois tratamentos.
Técnicas que podem auxiliar no tratamento
A respiração ajuda a manter o corpo relaxado e evita a sensação de sufocamento. Por isso, praticar exercícios de respiração pode ajudar na crise de ansiedade. Se possível, tente focar o pensamento em uma lembrança positiva. “É preciso trabalhar o pensamento para colocá-lo em prática. Se houver alguma medicação de suporte, é importante que o indivíduo em crise se utilize dela naquele momento”, explica a psiquiatra Flávia Schueler. Tentar relaxar a musculatura também pode auxiliar nesse momento.