Efeito sanfona: entenda o que é, quais são as causas e como evitar
O efeito sanfona é um fenômeno cíclico de peso. Ele é causado principalmente pelo emagrecimento muito rápido (por meio da manipulação de remédios, atividade física intensa e dietas muito restritivas ou “milagrosas”), seguido da recuperação dos quilos que foram eliminados.
Isso acontece porque o organismo é programado para nos defender da falta de alimento. Quando mudamos drasticamente nossa rotina alimentar, o corpo entende que corremos o perigo de morrer por inanição (condição de fraqueza extrema), e nos protege acionando mecanismos que armazenam energia com facilidade.
Efeito sanfona atinge mais as mulheres
Idade e sexo são fatores que podem influenciar diretamente no efeito sanfona. “Mulheres possuem mais gordura e menos massa muscular. Por isso, o efeito é mais evidente nelas, já que possuem mais dificuldade em perder peso”, explica a endocrinologista Ana Priscila Soggia.
Além disso, as mulheres costumam ter menor taxa metabólica basal, que corresponde ao total de calorias que o corpo utiliza para nos manter vivos. “A TMB (Taxa Metabólica Basal) varia de acordo com a idade, raça, sexo, níveis hormonais e componentes genéticos e não é um valor estático, a alimentação influencia também”, acrescenta a médica.
Perda de massa muscular
Uma baixa taxa metabólica pode causar o efeito platô – quando, mesmo durante a dieta ou ingestão de remédios, a pessoa para de perder peso. Uma das maneiras de elevá-la é praticar exercícios regularmente. Entretanto, quando a perda de peso não está relacionada à alimentação balanceada e atividade física regrada, a tendência é que a pessoa perca massa muscular ao invés de gordura, o que poderá deixar a pele flácida.
Por isso, o ideal é que haja um equilíbrio entre atividades aeróbicas que queimam gordura, como correr, caminhar e nadar, e atividades de resistência, como a musculação, que aumentam o tônus muscular e a taxa metabólica.
Como evitar o efeito sanfona
Para perder peso e mantê-lo, é necessário alterar o comportamento, o que não significa apenas modificar o cardápio, mas investir na qualidade do sono, ter uma rotina saudável e reduzir níveis de estresse e ansiedade. “Deve-se mudar a relação da pessoa com a comida. Atualmente, comer está relacionado a prazer, mas o alimento não pode ser a única fonte de satisfação”, completa Ana Priscila Soggia.