5 mitos e verdades sobre sustentabilidade no ambiente corporativo
As práticas sustentáveis estão cada vez mais sendo adotadas pelas empresas. De acordo com um levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 69% das empresas planejam aumentar os investimentos em ações de sustentabilidade nos próximos dois anos.
Nos anos mais recentes, foi criada a agenda ESG ou, em português, a agenda ASG – Ambiental, Social e de Governança. Os três pilares são uma forma de organizar o assunto e permitir o mapeamento, o registro e o controle das ações das empresas e instituições em geral, bem como o estabelecimento de metas e métricas de evolução contínua.
No entanto, algumas informações sobre a temática dentro do ambiente corporativo confundem as pessoas sobre o que realmente é pertinente nesse movimento. Por essa razão, Julia Morassutti, Diretora Jurídica, de Gente, Cultura e Sustentabilidade da Printi, uma das maiores gráficas online da América Latina, lista 5 mitos e verdades sobre o tema. Confira!
1. Sustentabilidade é uma moda passageira e não gera retorno
Mito: sustentabilidade é uma tendência global que veio para ficar. A crescente conscientização sobre os impactos socioambientais negativos das atividades corporativas, como mudanças climáticas, perda da biodiversidade e aumento da poluição, está gerando pressões por parte dos consumidores, dos colaboradores, da sociedade e de novas regras legais e regulatórias para que as empresas sejam mais responsáveis.
Investir em ações mais conscientes pode atrair oportunidades financeiras, uma vez que empresas que possuem a sustentabilidade dentro de sua estratégia de negócio conquistam novos segmentos de clientes e fortalecem sua marca, gerando rentabilidade a longo prazo.
2. Ser sustentável é ter apenas práticas ambientais
Mito: sustentabilidade não é sinônimo de proteção ao meio ambiente. O tema busca pela intersecção entre três eixos: crescimento econômico, progresso social e preservação ambiental. Integra uma visão complexa e sistêmica de longo prazo, inclui preocupações com o meio ambiente, a equidade, a justiça social e o desenvolvimento econômico.
É muito comum esquecerem que o tema vai além das práticas voltadas para o meio ambiente. Às vezes, a empresa tem uma boa gestão ambiental, mas adota práticas indevidas no tratamento de parceiros e colaboradores, por exemplo.
3. A transparência com as partes interessadas favorece o negócio
Verdade: uma empresa deve estar atenta ao impacto que causa com a realização das suas atividades. Por esse motivo, é importante a prestação de contas para o mercado, mostrando o desempenho da empresa e seu impacto nos aspectos ambientais, sociais e de governança – positivos ou negativos.
O relatório anual de sustentabilidade é um exemplo de instrumento de transparência utilizado pelas empresas. O documento auxilia na visão completa sobre a sustentabilidade do negócio, tratando não somente pontos positivos, mas também temas críticos.
4. Engajar as pessoas continuamente é essencial para desenvolver a cultura de sustentabilidade
Verdade: sustentabilidade é cultura, é como o negócio é conduzido baseado em seus valores, crenças e ações. É um compromisso de todos os indivíduos e corporações em relação ao planeta e à sociedade como um todo. Para uma empresa ser sustentável, é preciso que seus colaboradores e seus stakeholders também adotem práticas sustentáveis em suas atividades em geral, em âmbito profissional e pessoal.
Pensando nisso, é fundamental que as empresas engajem seus colaboradores com a temática não somente em datas comemorativas, mas o ano todo – seja com treinamentos, rodas de conversas, comunicações internas ou eventos. Os colaboradores precisam estar preparados e alinhados a fim de que a sustentabilidade faça parte da estratégia do negócio e esteja dentro dos processos e projetos.
5. Introduzir práticas voltadas à sustentabilidade é para grandes empresas
Mito: as pequenas empresas, quando somadas, possuem um impacto socioambiental tão forte quanto as grandes corporações. Independentemente do porte, toda empresa pode e deve adotar práticas sustentáveis. Além disso, a adesão dessas práticas desde o início do negócio torna o processo mais rápido, espontâneo e fluido. A organização já nasce e se desenvolve com a cultura da sustentabilidade, integrando as práticas em todas as áreas do negócio.
Por Kelly Mantovani