Pressão alta: cuidados com o sal na alimentação
O consumo de sal em excesso é um dos principais vilões da pressão alta. Natália Colombo, nutricionista da Clínica Funcional, alerta que o sódio não está presente apenas no sal de cozinha, por isso é importante lembrar que, além do sódio proveniente do sal, também ingerimos outros alimentos que contêm esse mineral.
Função do sódio
Elaine Pavosqui, nutricionista especialista em Nutrição Clínica e Metabolismo, explica que o sódio é um aditivo para preservar o gosto e o frescor dos alimentos. Por isso, processados, enlatados e industrializados apresentam uma grande quantidade dessa substância.
Efeito no corpo
Consumir alimentos muito condimentados gera uma série de efeitos negativos no organismo; o principal deles é o aumento do volume do sangue que circula em nosso corpo. “O sal puxa a água, ou seja, retém líquidos. Com isso, o sangue fica mais ‘viscoso’ e com maior dificuldade de passar pelos vasos sanguíneos. Esse aumento crônico da pressão dentro dos vasos leva à hipertensão arterial”, explica a nutricionista.
Alimentos ricos em sódio
Quem tem pressão alta, ou quer evitar ter a doença no futuro, deve ficar atento também aos alimentos ricos em sódio, como os refrigerantes “zero açúcar”, além de alimentos em conservas (picles, azeitona, maionese e ervilha), embutidos (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, salame e paio), carnes salgadas (bacalhau, charque, carne seca e defumados), queijos em geral, entre outros.
A nutricionista Raquel Maranhão acrescenta que não são somente os alimentos salgados que contêm sódio na composição. Por isso, também é necessário ficar atento aos ingredientes no rótulo de comidas doces.
Quantidade de sal
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, é recomendado que a ingestão diária de sal não ultrapasse 5 g, o que corresponde a 2 mg de sódio e a uma colher de chá rasa. Para calcular a quantidade que você deve utilizar para temperar os alimentos, é importante lembrar que eles naturalmente possuem sódio, por isso a medida de sal extra utilizado no preparo dos alimentos deve ser menor do que o limite estabelecido pela OMS.
“Para bebês, o ideal é que não fosse adicionado sal nos alimentos até os dois anos, pois a necessidade de sódio deles já é suprida apenas pela quantidade existente nos alimentos naturais”, informa Natália Colombo.
Diminuindo o consumo
Para diminuir o consumo dessa substância tão prejudicial à saúde, é necessário, em primeiro lugar, prestar atenção na hora de preparar os alimentos. Procure utilizar pequenas quantidades de sal ou substituí-lo por outros temperos.
No início, parece impossível reduzir o sal, pois o paladar se acostuma com o sabor e não sente mais quando a comida está salgada. Por isso, para começar, uma boa dica é substituí-lo por temperos naturais, como limão, cebola, alho, salsa e cebolinha.
Além disso, é necessário persistência, visto que os especialistas garantem que são necessários cerca de 30 dias para que as papilas gustativas aceitem a diminuição de sal na comida.