Rosácea: entenda a causa, os sintomas e como tratá-la
A rosácea é uma condição inflamatória crônica da pele que afeta principalmente a área central do rosto, incluindo as bochechas, nariz, testa e queixo. Ela é caracterizada por vermelhidão persistente, pequenas veias visíveis, erupções cutâneas, inchaço e sensibilidade.
“Os pacientes, normalmente, se queixam de eritema, que é uma vermelhidão acentuada no rosto. Às vezes, é só um rubor transitório, o que faz com que, durante um curto período, a face fique um pouco mais vermelha, voltando rapidamente ao normal. Porém, em outros casos, o paciente fica sempre com a face avermelhada e torna-se necessário um tratamento especializado”, explica Alberto Oiticica, dermatologista e sócio-fundador do Grupo PELE, líder no Brasil na área de rejuvenescimento facial associado à tecnologia.
Principais grupos atingidos pela doença
A rosácea ocorre, principalmente, em mulheres brancas na faixa etária de 30 a 50 anos, mas também pode aparecer nos homens e esses quadros são mais severos, tendo a possibilidade de evoluir e causar cicatrizes. “Nesses casos, também é possível aparecer alterações chamadas ‘fimatosas’, que é como se fosse um espessamento intenso da pele, principalmente, na área do nariz, ocasionando seu crescimento acentuado. Isso é chamado rinofima”, acrescenta o especialista.
Sintomas da rosácea
Os principais sintomas, normalmente, são:
- Sensação de queimação facial e ressecamento;
- Descamação intensa;
- Espessamento dos vasos superficiais da pele e, em casos mais sérios, aparecimento de pápulas, pústulas e nódulos duros – de diversas cores e tamanhos;
- Manchas vermelhas em algumas ou toda a região do rosto.
Tipos de rosácea
De acordo com Alberto Oiticica, existem cinco tipos de rosácea:
1. Eritêmato-telangiectásica vascular
Basicamente, é uma vermelhidão no rosto, que pode ser controlada ou, até mesmo, desaparecer com o tratamento adequado.
2. Pápulo-pustulosa
Caracterizada por ser uma fase mais avançada da doença, muito comum em mulheres de meia-idade.
3. Granulomatosa
É o tipo mais raro e intenso da doença, que é quando o indivíduo tem pápulas e nódulos duros, de diversas cores e tamanhos, causando dores e incômodos constantes.
4. Fimatosa
Acontece, geralmente, em homens com mais de 50 anos e se caracteriza por hipertrofia e espessamento da pele, tornando-a irregular. É mais comum no nariz, que recebe o nome de rinofima, mas também pode ser visto em outros pontos da face, como queixo (gnatofima), testa (glabelofima) ou bochechas.
5. Ocular
Sensação de queimação nos olhos, interferindo na visão do paciente, sendo necessários um oftalmologista e um dermatologista para realizar o acompanhamento desses casos.
Tratamentos indicados para a rosácea
A rosácea pode ser genética ou desenvolvida ao decorrer da vida. Por isso, é preciso tratar de forma adequada, especializada e individualizada. “De acordo com a fase em que a dermatose está, se é apenas uma vermelhidão, por exemplo, pode-se usar lasers para tentar diminuir os vasos e melhorar”, explica o dermatologista.
Por outro lado, os casos de pápulo-pustulosas, que são semelhantes a lesões de acne, “são utilizados alguns produtos próprios, como a ivermectina e antibióticos orais, que ajudam a melhorar esses quadros”, acrescenta. Também é recomendado tomar cuidado e analisar os produtos que serão utilizados, pois a pele da pessoa com rosácea é mais sensível, irritável e propensa a inflamações.
Cuidados importantes
Embora a sua causa não seja completamente compreendida, sabe-se que fatores genéticos, ambientais e desencadeantes podem contribuir para o desenvolvimento e agravamento da rosácea. Atentar-se aos fatores externos e detalhes, como evitar banhos longos e quentes, não ingerir determinados alimentos – por exemplo, produtos com cafeína, álcool e pimenta -, tomar cuidado com a mudança brusca de tempo e controlar a parte emocional.
“Atualmente, existem diversos produtos no mercado próprios para ajudar pacientes com pele sensível, principalmente com rosácea. No entanto, o ideal é ir ao dermatologista, para haver uma avaliação personalizada e individualizada, pois cada pessoa possui um tipo e/ou nível da dermatose e deve ser avaliada por um profissional qualificado”, esclarece o médico.
Visite um dermatologista
O médico ainda alerta que a rosácea não é contagiosa e que “é uma doença genética que não possui cura e, por isso mesmo, deve ser controlada, tratada e acompanhada por um dermatologista, com o intuito de proporcionar uma vida mais saudável para todos os pacientes”, finaliza Alberto Oiticica.
Por Isabella Sala