Ouvir o estômago fazendo alguns barulhos pode até parecer normal, pois as contrações musculares do órgão causam o famoso ruído, chamado popularmente como “barriga roncando”. No entanto, isso nem sempre indica a necessidade de comer, segundo o cirurgião do aparelho digestivo Dr. Rodrigo Barbosa. “Se o estômago está vazio, ou seja, com fome, o ronco pode ser ainda mais alto, mas nem sempre isso pode ser apenas necessidade de comer”, afirma.
A seguir, o médico indica os 6 principais motivos que levam a barriga a “roncar”. Confira!
1. Gases
Alimentos e bebidas gaseificadas aumentam a formação de gases e dos movimentos peristálticos do intestino e podem causar os barulhos; porém, se são rapidamente eliminados, não é preocupante.
2. Síndrome do intestino irritável
Esse distúrbio provoca contrações em excesso depois da ingestão de alimentos gordurosos ou em momentos estressantes. “Além de provocar o ronco, pode ainda causar dores e diarreia”, diz o Dr. Rodrigo Barbosa.
3. Inflamações gastrointestinais
São uma irritação na mucosa do intestino que pode causar cólicas.
4. Obstrução intestinal
Se o ronco vier por algo que pode estar bloqueando o funcionamento do intestino, os alimentos e as fezes não conseguem se mover. Assim, a situação pode se tornar uma emergência se houver o bloqueio total desse órgão. “[O ronco] ainda pode vir acompanhado de inchaços da barriga, náuseas ou dores”, alerta o especialista.
5. Intolerância alimentar
Em algumas pessoas, o consumo de glúten, laticínios, leguminosas (como feijão) e alimentos ricos em fibras pode ocasionar os barulhos.
6. Hérnia
O ronco pode aparecer quando há também uma parte do intestino para fora da parede abdominal. Nesse caso, vem acompanhado de inchaço, dor, náuseas e cólicas.
Maneiras de evitar os roncos estomacais
Segundo o Dr. Rodrigo Barbosa, os roncos podem ser normais, mas, se não são eliminados em até 48 horas, necessitam de um exame médico físico para avaliar a região abdominal. “Mas algumas medidas ajudam a prevenir que barulhos e dores apareçam, como aumentar a ingestão de água, comer devagar e evitar longos períodos em jejum; além de evitar o consumo em excesso de alimentos cítricos, ácidos, gordurosos e açúcares que, por si só, já aumentam os ruídos estomacais logo após o consumo”, finaliza o médico.
Por Mayra Barreto Cinel