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Transtorno Dissociativo de Identidade: veja as causas e os sintomas

Ilustração de pessoas em diversas cores

Pacientes podem sofrer com lacunas na memória (Imagem: anna.spoka | ShutterStock)

O Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI), conhecido antigamente como Transtorno de Múltiplas Personalidades, é uma condição psicológica complexa que, geralmente, é causada por vários fatores, incluindo trauma severo durante a infância, como abuso físico, emocional ou sexual repetitivo.

“O TDI envolve uma forma extrema de dissociação, um processo mental que desconecta pensamentos, memórias, sentimentos, ações e o ‘self’ da pessoa. Este transtorno é frequentemente resultado de uma combinação de fatores, incluindo traumas sofridos na primeira infância”, explica a psiquiatra Dra. Jéssica Martani, especialista em comportamento humano e saúde mental

Relação da doença com experiências traumáticas

Segundo a Dra. Jéssica Martani, alguns estudos mostram que o TDI pode ser uma resposta a traumas interpessoais ou ambientais. “Essas experiências traumáticas geralmente ocorrem antes dos 6 anos, que é uma fase crucial na formação de nossa identidade. Sendo assim, tais traumas podem ocasionar prejuízos importantes; pode haver a desconexão do self, ocasionando em estados dissociativos disfuncionais que propiciam as múltiplas identidades”, acrescenta.

Condição afeta relações interpessoais (Imagem: Mary Long | Shutterstock)

Sintomas do TDI

O alerta da médica é para o diagnóstico que pode ser demorado devido à semelhança de sintomas com outros transtornos. Mas, em geral, os pacientes podem apresentar:

Conforme explica a Dra. Jéssica Martani, os sintomas acarretam sofrimento de grande magnitude ou causam um impacto no funcionamento social e/ou ocupacional do paciente. Além disso, esses sintomas podem não encontrar uma explicação mais adequada em outro transtorno.

“Por exemplo, crises parciais complexas, transtorno bipolar, transtorno de estresse pós-traumático (outro transtorno dissociativo), pelos efeitos da intoxicação alcoólica, por práticas culturais ou religiosas amplamente aceitas, ou, em crianças, por fantasias como ter um amigo imaginário”, finaliza a especialista.

Por Mayra Barreto Cinel

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