O inverno é uma época marcada pelo aumento de casos de doenças respiratórias. No período, resfriados, gripes, sinusites, bronquites e algumas reações alérgicas são especialmente comuns, afetando principalmente crianças e idosos. Isso porque o clima frio, o ar mais seco e a tendência a aglomerações em ambientes fechados facilita a transmissão de vírus e bactérias, levando à irritação das vias aéreas e ao desenvolvimento e propagação de doenças.
Para minimizar esses efeitos, investir em métodos naturais pode ser uma boa alternativa. A aromaterapia, por exemplo, “ajuda a aliviar sintomas com bastante segurança, desde que orientada por um profissional de saúde, e não apresenta os mesmos efeitos colaterais dos medicamentos”, afirma a Dra. Talita Pavarini, especialista em aromaterapia e práticas integrativas
A profissional ressalta que a técnica pode ser fundamental para públicos especiais, como crianças, gestantes e idosos. “A partir do contato com métodos naturais ocorre um aprendizado para você atuar na prevenção, minimizando as chances de adoecimento nos próximos invernos”, acrescenta.
O que são os óleos essenciais?
A Dra. Talita Pavarini explica que essas substâncias, que são misturas complexas de compostos químicos voláteis produzidos por plantas, desempenham um papel essencial em suas funções ecológicas, como atração de polinizadores e defesa contra patógenos e herbívoros. “Felizmente, é possível obter para nossa utilização com foco na saúde. Eles são obtidos a partir de várias partes da planta, incluindo flores, folhas, cascas, raízes e frutos, por diversos métodos, com destaque para a destilação a vapor”, revela.
Ainda de acordo com a Dra Talita Pavarini, “os principais componentes dos óleos essenciais que podem ser eficazes no tratamento de problemas respiratórios incluem eucaliptol (encontrado no óleo de eucalipto), que tem propriedades anti-inflamatórias e expectorantes, mentol (encontrado no óleo de hortelã-pimenta), que ajuda a aliviar a congestão, tosse”, conta.
Benefícios dos óleos essenciais para saúde
- Prevenção: com a utilização do difusor ultrassônico sem filtro que umidifica o ar associado aos óleos essenciais. O tratamento permite o alívio da congestão nasal, redução da tosse e melhora da inflamação nas vias aéreas;
- Resfriado comum, tosse seca, congestão nasal: estes problemas apresentam melhoras significativas com a utilização de óleos essenciais.
Apesar dos resultados positivos, a especialista explica que a aromaterapia não substitui os tratamentos convencionais e, sendo assim, é uma prática que complementa e auxilia.
Como aplicar?
Já em relação aos métodos de aplicação, a especialista revela que a forma mais eficiente e segura está na utilização da via inalatória, podendo ser utilizado um difusor ultrassônico sem filtro. “Colocando 250 ml de água e 4 gotas de óleos essenciais, inalando por 15 minutos (dose adulto). Inalação a seco, quando se pinga uma gota de óleo essencial em um algodão e inala profundamente por 3 vezes (principalmente quando se está fora de casa ou em ambiente coletivo). Outros métodos precisam de orientações via consulta”, alerta.
Cuidados e precauções ao usar
A Dra. Talita Pavarini explica que o principal cuidado deve estar em usar a dose correta. Segundo ela, algumas pessoas podem acreditar que, por ser natural, consumir uma quantidade em demasia pode ajudar a acelerar o processo. Contudo, essa combinação pode ser perigosa e, se o paciente não estiver atento, gerar intoxicação.
“Nunca duvide da potência de uma gota. Outra preocupação é acreditar que todos os óleos essenciais podem ser aplicados diretamente na pele. É um grande erro e pode levar a dermatites e processos alérgicos. O método mais seguro é diluir para passar na pele junto de um óleo vegetal (nunca mineral)”, recomenda a profissional.
Contraindicações dos óleos essenciais
Já em relação às contraindicações, crianças de todas as idades, gestantes, pessoas com históricos de epilepsia, asma, alergias e hipertensos de difícil manejo devem passar por uma consulta, pois a composição de alguns dos óleos essenciais pode comprometer o estado de saúde.
“A segurança do paciente deve ser a premissa número zero para a utilização da aromaterapia. Com uma avaliação detalhada de como o paciente se encontra associada à necessidade no momento, a prescrição de óleos essenciais é assertiva, somada ao acompanhamento dos resultados”, diz. A Dra. Talita Pavarini também alerta sobre a importância de buscar orientação profissional para ajudar a garantir a segurança no uso e os benefícios dos óleos essenciais.