A mente humana possui limites e, quando eles são ultrapassados, o emocional é o primeiro ponto a ser atingido. Assim, uma crise pode se apresentar em intensidades diferentes em cada pessoa. Para entender quando isso acontece, a neuropsicóloga Tammy Marchiori, com formação em neurociência por Harvard e especialização em Terapia Cognitiva pelo Beck Institute, explica os sinais.
O que é uma crise emocional?
Uma crise emocional é quando o ‘copo transborda’, ou seja, quando acontece um desgaste psicológico que pode ser desencadeado por diversas situações que não sabemos como reagir e resolver. Essas crises podem durar minutos, horas ou dias, mas precisam ser identificadas o quanto antes.
“Quando uma pessoa entra em crise é um sinal que o corpo emite para avisar que algo está errado e que existe algum problema grave que requer atenção e precisa ser tratado com urgência — principalmente quando elas se tornam frequentes”, alerta a especialista.
Identificando os sintomas
Os sintomas que merecem atenção podem ser até físicos, já que aparece a dificuldade de colocar para fora toda a tensão e o que está sentindo. “Entre os sinais estão a ansiedade constante, insônia, confusão mental, náuseas, refluxo, gastrite, úlceras, falta de apetite, irritabilidade, taquicardia, cansaço e até alergias na pele”, exemplifica Tammy.
Procure por um profissional especializado
Ao identificar os primeiros sinais de uma crise emocional, é crucial buscar o acompanhamento de profissionais especializados em psicologia e, se necessário, psiquiatria, pois eles são capacitados para auxiliar na identificação e manejo destas situações.
Além disso, sabe-se que a prática regular de exercícios físicos é benéfica não apenas para o corpo, mas também para a mente, uma vez que contribui para a liberação de neurotransmissores como a endorfina e serotonina, com papel fundamental na regulação do humor e redução da ansiedade.
Tratamentos alternativos
Técnicas de relaxamento e meditação, como a atenção plena (mindfulness), têm mostrado ser eficazes no desenvolvimento do autocontrole e na redução dos sintomas de estresse. Intervenções cognitivo-comportamentais, também podem oferecer ferramentas práticas para identificar e desafiar pensamentos negativos, auxiliando no manejo de crises emocionais.
Por Mayra Barreto Cinel