Veja hábitos que beneficiam e prejudicam a saúde da boca
Boa parte das doenças que enfrentamos ao longo da vida estão relacionadas ao estilo de vida, a hábitos e até mesmo à hereditariedade. Todavia, é possível amenizar os efeitos de diversos problemas de saúde na cadeira do dentista.
Isso porque negligenciar a saúde e a higienização da boca não resulta apenas em problemas de halitose, sensibilidade e perda de paladar, mas na proliferação de fungos e bactérias na boca, gengiva e língua, que pode chegar a atingir outros órgãos. “Existem bactérias que fazem parte do nosso organismo e são benéficas, mas o aumento exagerado delas pode ser extremamente prejudicial para todo o corpo”, alerta o cirurgião-dentista Dr. Victor Nastri.
E, para manter a saúde bucal em dia, a adoção de hábitos simples e rotineiros fazem toda a diferença. Para o cirurgião-dentista e especialista em estética, roer unha, usar palito de madeira, abrir embalagens com a boca e não escovar a língua são os piores hábitos que as pessoas têm e que, se somados à falta de conhecimento, podem contribuir significativamente para outras patologias.
Importância da higienização da língua
Muitas pessoas deixam de escovar a língua ou fazem uma limpeza superficial. Contudo, a língua funciona como uma espécie de tapete, acumulando resíduos e levando tudo para dentro do corpo. “Ou seja, a limpeza da língua é tão importante quanto a escovação dos dentes. É na língua que ficam acumulados restos de comida, placa bacteriana e células descamadas; e, ao deixar de higienizar essa região, forma-se uma saburra lingual, que é aquela camada esbranquiçada que, além de gerar mau hálito, reúne fungos e bactérias que vão sendo deglutidas ao longo do dia”, alerta.
Desta maneira, a orientação do Dr. Victor Nastri com a higiene da boca envolve a escovação completa da língua com a própria escova ou com raspadores linguais e, em seguida, o uso de enxaguantes bucais para finalizar o processo.
Cuidados com a escova de dentes
Agora, falando exclusivamente das escovas de dentes, o alerta fica para o prazo de validade e o local de armazenamento. “A escova nunca pode perder o formato das cerdas e, quando isso começa a acontecer, é preciso trocá-la”, recomenda o Dr. Victor Nastri.
Segundo ele, uma boa escova de dentes dura em média três meses. “Após esse período, é preciso substituí-la por outra. Mas caso a sua escova comece a perder o formato muito antes, é preciso rever a sua escovação. Às vezes, você está colocando muita força onde é preciso ter cuidado”, pontua.
O Dr. Victor Nastri também revela que a escova nunca deve ficar em contato direto com outras escovas. “Quando uma encosta na outra, há uma troca de fluido, o que também contribui para a proliferação de bactérias que posteriormente irão parar dentro da sua boca”, explica.
Hábitos que prejudicam a saúde bucal
Por fim, o alerta fica para aqueles com hábito de roer as unhas, palitar os dentes ou abrir embalagens com a boca. Nestes casos, além do problema estético, porque estas ações podem fraturar os dentes e criar microlascas neles, também envolve a manutenção da saúde bucal.
“Roer as unhas e usar os dentes para abrir embalagens, desde as mais simples até as mais complexas, são hábitos que devem ser abolidos do nosso dia a dia. Os dentes não foram feitos para isso, e essa sobrecarga gera um estresse na estrutura [dos dentes], aumentando o risco de fraturas”, justifica o profissional.
O uso de palitos de dentes em substituição ao fio dental, por exemplo, é extremamente perigoso. Com a incidência do uso desse objeto duro e pontiagudo na gengiva, é possível lesionar essa região e agredir o dente, além de criar espaço entre eles, contribuindo para o acúmulo de alimentos. “Se você não conseguir escovar os dentes, ao invés de recorrer ao palito, a dica é usar e abusar de alimentos fibrosos, como maçã, cenoura, coco e castanhas”, indica o Dr. Victor Nastri.
Por Luana Farias