A pílula anticoncepcional é um método contraceptivo hormonal amplamente utilizado por mulheres em todo o mundo. Trata-se de um comprimido oral que contém hormônios sintéticos, como estrogênio e progesterona, ou apenas progesterona, que são semelhantes aos hormônios naturais produzidos pelo corpo feminino.
A pílula anticoncepcional funciona suprimindo a ovulação, processo em que um óvulo é liberado dos ovários. Com isso, não há possibilidade de fertilização e gravidez. Além disso, a pílula altera a espessura do muco cervical, dificultando a passagem dos espermatozoides pelo colo do útero. Isso cria uma barreira adicional para evitar a fertilização.
Essa é uma opção eficaz na prevenção da gravidez, desde que seja tomada corretamente. Além disso, a pílula pode ajudar a regular o ciclo menstrual, reduzir cólicas menstruais, diminuir o fluxo menstrual e aliviar sintomas associados à síndrome pré-menstrual (TPM). “A prescrição de uma pílula anticoncepcional, por exemplo, também pode ser baseada em benefícios extras, como tratamento para acne e pele oleosa”, afirma o ginecologista Rogério Bonassi Machado.
Contraindicações do uso da pílula
Embora a pílula seja um método contraceptivo muito utilizado, há algumas contraindicações importantes a serem consideradas. “Pílulas com o hormônio estrogênio não devem ser usadas por mulheres que têm pressão alta, por fumantes com mais de 35 anos de idade, na presença de enxaquecas mais complicadas, por quem já teve infarto ou trombose (coágulo na veia) ou durante a amamentação”, ressalta o ginecologista.
Anticoncepcional e mudança de peso
O uso de anticoncepcionais hormonais, como a pílula anticoncepcional, é frequentemente associado a relatos de mudanças de peso em algumas mulheres. Conforme explica Rogério Bonassi Machado, alguns estudos apontam que o método injetável trimestral pode provocar ganho de peso. No entanto, é difícil identificar variações no peso, já que é preciso avaliar outros fatores, como a retenção de líquidos e a idade.
Efeitos colaterais e riscos
Algumas mulheres podem experimentar efeitos colaterais, como náuseas, sensibilidade mamária, alterações de humor, dores de cabeça ou alterações no padrão de sangramento. “Desde que ela [a pílula anticoncepcional] esteja sendo utilizada com orientação e acompanhamento médico, os riscos são baixos, mas frequentemente associados à trombose (coágulo na veia), ao infarto e ao derrame”, acrescenta o ginecologista.
Por isso, é importante destacar que a pílula anticoncepcional deve ser prescrita por um médico, levando em consideração o histórico médico e a saúde geral da mulher. Existem diferentes formulações disponíveis no mercado, e a escolha adequada depende de fatores individuais, como idade, saúde, estilo de vida e necessidades específicas.
Além disso, é fundamental ressaltar que a pílula anticoncepcional não protege contra doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Portanto, o uso de preservativos é recomendado para evitar a transmissão dessas infecções.