6 mentiras sobre queda capilar
Quem nunca ouviu uma “verdade absoluta” sobre cabelos? E quando se trata em solucionar ou descobrir causas para a queda capilar aparecem afirmações de todos os tipos. Algumas ficam tão enraizadas e populares, que fazem as pessoas conviverem por mais tempo com a perda de fios – ao invés de procurar ajuda profissional para investigar e reverter o problema.
Após anos atendendo pacientes com diversas queixas capilares, o médico e tricologista Dr. Ademir Carvalho Leite Júnior reuniu algumas mentiras (amplamente divulgadas e repetidas) sobre queda de cabelos e esclareceu cada uma delas. Confira!
1. Xampus resolvem o problema
Conforme explica o Dr. Ademir, essa afirmação é uma das mais comuns entre pacientes e o público em geral. Mas, não existe xampu milagroso e que resolva a queda de cabelo em dois ou três dias – ou, ao contrário, que cause a queda de cabelos. A associação que as pessoas fazem pode ser apenas uma coincidência entre o uso no período em que o cabelo já estava pronto para parar de cair e a maior atenção voltada para os fios que caem.
2. Progressiva não afeta a queda de cabelo
Para o tricologista, a queda capilar, que nessas pessoas aparenta ter começado repentinamente, é totalmente esperada e previsível, devido a progressiva e outras químicas de transformação, com grau de periculosidade parecidos. O que acontece é que a perda dos fios não tem data exata para começar.
Mas, quando chega, deve ser encarada e tratada como consequência desses processos, pois eles são agressivos aos fios e ao couro cabeludo, por mais que se tenha cuidado durante a aplicação. Existem situações em que as lesões do couro cabeludo ao longo dos anos vão além da queda, causando a perda dos cabelos, conforme explica o médico.
3. Produtos utilizados há anos não causam alergias
O especialista em tricologia aconselha que é necessário que o paciente tenha atenção aos produtos que ele sempre utiliza, para identificar possíveis rejeições do organismo, que causam as temidas alergias. “Os mecanismos alérgicos são desenvolvidos por algumas variáveis, determinados componentes e ingredientes de formulações podem desencadear alergias quando usados por anos, mesmo que antes nada acontecesse ao usar. É preciso investigar”, explica o Dr. Ademir.
4. O chip de beleza não tem efeito colateral
O médico aponta que há na literatura relatos de que os chips que têm o hormônio gestrinona merecem atenção. Isso por conta de ele desenvolver atividade parecida com hormônio masculino nas mulheres. Isso também vale para os que têm testosterona entre os componentes, que devem ser indicados com extrema cautela. Nas mulheres suscetíveis a desenvolver calvície, por exemplo, podem causar queda capilar, mesmo com as ditas doses pequenas de hormônio.
5. Alimentos saudáveis enfraquecem o cabelo
É preciso cuidado com essa avaliação. O Dr. Ademir explica que algumas vezes a rápida redução de peso, consequência de processos de reeducação alimentar ou dietas (mesmo as saudáveis), impactam negativamente nos cabelos. Contudo, a ligação da queda com os alimentos considerados mais saudáveis é injusta e incorreta.
O médico aconselha e tranquiliza ao afirmar que “esse quadro tende a ser passageiro e a queda capilar é revertida com estratégias aplicadas pelos profissionais tricologistas, ou mesmo naturalmente com a regularização promovida pelo próprio organismo”.
6. Tratamentos contra queda não fazem efeito
Para o tricologista, os profissionais precisam alinhar essas expectativas com o paciente, uma vez que a melhora da queda em dias, duas ou três semanas, normalmente, refletem um ciclo de meses, em que a fisiologia natural já preparava a paralisação da queda. O tratamento, na realidade, vai regular o ciclo de crescimento capilar, ou seja, o paciente vai observar cabelos crescendo e, paralelamente, a queda diminuindo. E isso pode levar meses.
Consulte um especialista
O tricologista finaliza com um alerta: “É preciso estar atento ao que realmente pode ou não causar queda capilar, e isso é possível buscando conhecimento em fontes confiáveis. Por isso, a experiência em passar por consulta e avaliação com um tricologista deve ser encarada como cuidado com a saúde, para além se resolver uma questão que incomoda esteticamente. Muitas vezes, a abordagem tricológica é complementar com outros tratamentos para resolver problemas mais complexos do paciente, em que a queda de cabelos aparece como consequência”.
Por Denise Bispo